quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

O ADEUS À DEBBIE REYNOLDS, DE “CANTANDO NA CHUVA”


Debbie Reynolds não agüentou a dor da perda da filha Carrie Fisher, a Princesa Leia de Star Wars, vítima de dois ataques cardíacos na última terça-feira (27).  A atriz, de 84 anos, passou mal durante as discussões sobre os detalhes do funeral da filha, sendo internada na UTI devido a um AVC, mas não resistiu e morreu. O anúncio foi feito pelo filho de Debbie e irmão de Carrie,Todd Fisher.

Nascida Marie Frances Reynolds, Debbie foi uma das grandes estrelas da era de ouro de Hollywood. Descoberta por um caça-talentos aos 16 anos, durante um concurso de Miss Burbank. Apesar de seu primeiro contrato ter sido na Warner, sua carreira como atriz e cantora começou na MGM, sendo selecionada para ser a parceira de Gene Kelly no musical “Cantando na Chuva” (1952). Estrelou vários filmes, como “Procura-se uma estrela” (1956) e a “Conquista do Oeste” (1962), de John Ford. Aos 31 anos, Debbie Reynolds foi indicada ao prêmio da Academia por sua performance em “A conquistável Molly” (1964).

No final dos anos 50, a vida pessoal de Debbie seria um prato cheio para os tablóides da época. Abandonada pelo seu primeiro marido, o cantor e ator Eddie Fischer, por causa da então melhor amiga Elizabeth Taylor, recém-viúva de Mike Tood, Debbie Reynolds e os filhos ficaram no centro de um escândalo hollywoodiano.




A separação dos pais e o abandono de Eddie Fisher, aliado ao temperamento forte de Debbie, fez com que a pequena Carrie sofresse de depressão. Carrie Fisher começou a consumir drogas e álcool a partir dos 13 anos. Enquanto a mãe brilhava no cinema e na Broadway, a filha lutava para ter a atenção materna e depois para ser notada pelo mundo. Aos 20 já tinha usado cocaína, LSD, heroína e analgésicos, indo parar numa clínica de reabilitação aos 28 anos, sendo diagnosticada com transtorno bipolar. As duas praticamente não se falaram por um período de 10 anos.

O segundo marido de Debbie Reynolds, Harry Karl (1960) fez com que ela perdesse toda a sua fortuna no jogo. A reaproximação com a filha só começou quando Reynolds se divorciou do empresário em 1973. Casaria pela terceira vez, em 1984 com Richard Hamlett, com quem foi proprietária de um hotel e um cassino em Las Vegas, separando-se em 1994. O empreendimento faliu em 1997.

As duas levaram aproximadamente 30 anos para superar as mágoas do passado e se reaproximar. Em 1987, Carrie Fisher publicou um romance autobiográfico “Postcards from the Edge” em que narra o complicado relacionamento com a mãe. O livro foi adaptado pela própria Carrie e virou o roteiro do filme “Lembranças de Hollywood”, dirigido por Mike Nichols, estrelado por Meryl Streep e Shirley MacLaine. Elas também participaram do documentário  Bright Lights: Starring Debbie Reynolds and Carrie Fisher, que estréia em março na HBO.


Debbie Reynolds teve apenas dois filhos, Carrie e Todd Fisher, de sua união com o cantor e ator Eddie Fisher. De acordo com Todd, a morte da irmã foi “demais” para a sua mãe. Segundo ele, as últimas palavras de Debbie Reynolds foram “Vou ficar com Carrie”.


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