O filme de abertura do 27º Festival Internacional de Documentários 'É Tudo Verdade' é o ensaio cinematográfico 'A História do Olhar' de Mark Cousins. O longa terá sessões presenciais e online, sendo exibido hoje, às 20h, no Espaço Itaú de Cinema Augusta (SP) e, às 21h, na Plataforma É Tudo Verdade Play, com limite para 1.500 visionamentos. O filme também será exibido dia 01/04, às 14hs, no Instituto Moreira Salles (RJ).
O documentarista britânico, autor da saga audiovisual 'A História do Cinema', que também está lançando um novo episódio 'A nova geração' no referido festival, apresenta em 'A História do Olhar" suas reflexões sobre a experiência visual na vida dos indivíduos e da coletividade como um todo. Às vésperas de uma cirurgia oftalmológica, Mark relata suas angústias sobre a possibilidade de não poder enxergar o mundo como ele o conheceu. Volta-se para dentro de si, buscando entender o processo visual através da mente e da alma, de nossa percepção de mundo, de nossas projeções e percepções, e não apenas através dos olhos físicos.
O filme foi rodado durante o período mais crítico da pandemia do Covid-19 e da obrigatoriedade do distanciamento social, quando o uso da internet e das redes sociais era o meio mais seguro de se ter contato com as pessoas. Mark usa de imagens de arquivo, desnuda-se perante a câmera de seu quarto, olhando através da janela o mundo exterior. Nessa reflexão sobre a construção das imagens e o poder que elas têm sobre nós, vasculha esse mundo visual através da fisiologia das imagens, dos borrões da memória, do cotidiano das cidades, da arte e da história do cinema.
Movimento, cores, luz, sombra, o preto e o branco. O que nossa percepção visual nos permite enxergar e entender sobre o mundo em que estamos inseridos? Do visual preto e branco de Persona de Ingmar Bergman ao mundo colorista de Hero, do diretor chinês Zhang Yimou, com suas múltiplas nuances de tons de azul, Mark Cousins percorre a construção das imagens cinematográficas e o impacto que elas imprimiram em nossa retina, nossas lembranças visuais, sentimentos e ilusões. A busca do onírico e da beleza, o olhar que não é exclusividade daqueles que enxergam, mas também daqueles que por problemas da fisiologia ocular não conseguem enxergar, como o cantor Ray Charles. Mas não ver com os olhos físicos os torna essencialmente cegos? O que seria, na verdade, o ato de olhar? Olhar pelo espelho da alma, que muitas vezes é mais difícil de enxergar.
Qual a importância do olhar em nossas vidas? O que ele trouxe como percepção de mundo e de nós mesmos? Luz e sombra, felicidade e dor. Imagens do cinema que nos moldaram durante anos, através de ideias sobre padrões de beleza, moralidade, sentimentos e paixões. Memórias que fazem parte de nosso mundo visual, algumas chocantes e outras não.
Mark Cousins apresenta uma narrativa muito pessoal sobre suas reflexões da realidade que nos rodeia, passando pelas representações artísticas, movimentos culturais como modernismo e surrealismo, política e economia. Também observa a influência da tecnologia digital na contemporaneidade e a atual necessidade narcísica das fotografias e filmagens em selfies, alavancada pela facilidade do uso de smartphones.
Durante a construção de sua narrativa, o cineasta aborda a percepção dos corpos humanos e dos sentimentos que eles provocaram ao longo da história, objetificados pelos voyers do passado e do presente, impregnados pelo desejo e pela punição. Busca imagens que causaram emoção não somente pela fruição, mas pela tristeza e pelo terror, como visões de acidentes, das atrocidades das guerras e dos regimes ditatoriais. Também sem esquecer da violência das desigualdades sociais, que atacam a dignidade humana, mas que não conseguem a solapar.
Ao mergulhar na narrativa do documentário "A História do Olhar" podemos compartilhar não somente das percepções do cineasta, mas de suas angústias, buscando as imagens que impregnaram o nosso olhar e história pessoal. O filme é um momento de reflexão sobre os sentimentos humanos e a percepção de mundo, que vai muito além do mundo das ilusões ou das diversas realidades cinematográficas. Vida e morte, felicidade e medo, ideologia e religiosidade. A construção do eu, que deve ultrapassar as barreiras do individualismo e enxergar além de um microcosmo, abrindo o olhar para o outro, muitas vezes ignorado pela sociedade.
A Plataforma Sesc Digital abrigará a Competição Internacional de Curtas-Metragens de 01 a 05 de abril. Com limite de 2000 visionamentos por título, exceto “Como se mede um ano?” 1000 visionamentos.
Em um Uruguai do futuro, a erva-mate é proibida. Para salvar a identidade de seu povo, dois vendedores ilegais iniciam uma viagem rumo ao Paraguai para contrabandear e salvar o consumo da erva.
Vencedor dos prêmios de melhor filme e ator do 12º Festival de Cinema da Fronteira exibido na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, "Mateína - A Erva Perdida" chega às salas de cinema no dia 31 de março (quinta). Coprodução entre Uruguai, Brasil e Argentina, o longa de Joaquín Peñagaricano e Pablo Abdala Richero mistura comédia e road movie.
"Mateína - A Erva Perdida" é a estreia na direção de longas da dupla de realizadores uruguaia, que também divide roteiro e produção. “O filme surge como uma busca pela ficção científica, perguntando-nos como seria o nosso ambiente se mudássemos algo fundamental no cotidiano", explicam os diretores. O questionamento: o que aconteceria se a erva-mate fosse proibida? "Esse costume, que vem dos índios Guarani, está presente em todas as esferas da sociedade uruguaia e é algo que nos caracteriza como povo", avaliam. Eles comparam com uma proibição da cerveja para os alemães ou do samba para os brasileiros.
A aventura de Moncho (Diego Licio) e Fico (Federico Silveira) pelas estradas logo ganha o apoio popular em todo o país. "O herói uruguaio José Artigas (1764-1850) tem um grande paralelismo com nossos protagonistas: ele não queria ser o "pai da pátria", foi seguido e ajudado pelos habitantes do campo”, apontam os cineastas. "Terminou seus dias no Paraguai com um amigo que, segundo os livros de história, fazia mate para ele", complementam. Com bom humor, Joaquín e Pablo também refletem sobre o absurdo das proibições e a influência das corporações internacionais nos países latino-americanos.
A zona rural de Montevidéu e as proximidades da cidade de Florida servem de locação para as peregrinações de Moncho e Fico. "Diante de uma perspectiva mais geral, nos propomos a reunir a paixão, a teimosia e a luta de duas pessoas comuns para manter um sonho", descrevem. A jornada pela volta do chimarrão também inclui perseguições policiais e passageiros inesperados. O elenco traz ainda uma participação de César Troncoso ("O Tempo e o Vento") no papel de um comissário de polícia.
"Mateína - A Erva Perdida" é uma produção da Montelona Cine (Uruguai), em coprodução com as empresas gaúchas Coelho Voador e Vulcana Cinema e HC Films (Argentina). A distribuição fica a cargo da Lança Filmes. Contemplado com o edital Prodecine 09 do FSA - Coprodução Brasil-Uruguai.
Sinopse: Em um Uruguai do futuro, a erva-mate é proibida. Para salvar a identidade de seu povo, dois vendedores ilegais iniciam uma viagem rumo ao Paraguai para contrabandear e salvar o consumo da erva.
Serviço
Mateína - A Erva Perdida:
Em cartaz nos cinemas a partir do dia 31 de março de 2022
Comédia/Road movie | 82 min. | País: Uruguai, Brasil e Argentina
Trailer:
Classificação Indicativa: 14 anos
Ficha técnica:
Direção: Joaquín Peñagaricano e Pablo Abdala Richero
Roteiro: Joaquín Peñagaricano, com a colaboração de Pablo Abdala Richero
Elenco: Diego Licio, Federico Silveira, Chiara Hourcade, Leandro Rodríguez, Roberto Suárez, Yamandú Cruz e César Troncoso.
Diretor de Produção: Micaela Solé
Direção de Arte: Marcelino Caraballo
Diretor de fotografia:Analia Pollio
Diretor de som: Kiko Ferraz
Assistência de direção: Diego Ferrando
Chefe de Produção:PatriciaOlveira
Montagem: Pablo Riera
Música original: Santiago Pedroncini
Produtores: Joaquín Peñagaricano, Pablo Abdala Richero e Pancho MagnouArnábal
Co-produtores: Leo Garcia, Jessica Luz, Fabiano Flores, Pablo Udenio e Hernán Guerschuny
Produtor associado: Micaela Solé
Produtoras:Montelona Cine (Uruguai), em co-produção com Coelho Voador (Brasil), Vulcana Cinema (Brasil) e HC Films (Argentina)
Distribuição: Lança Filmes
Sobre os diretores
Joaquín Peñagaricano e Pablo Abdala Richero formaram-se na Escola de Cinema do Uruguai, em Artes e Comunicação na UdelaR e direção de fotografia no S.I.C.A., respectivamente. Juntos co-dirigiram os curtas "La Velocity de los Ceibos" (2006, co-dirigido com Pablo Aguirrezabal) e "Nuestra Hospitalidad" (2010), com os quais receberam prêmios no Festival de Cinema AXN, Curta Cinema Rio de Janeiro ou Cinemateca Festival. Também realizam as séries documentais "Nosotros,Nosotros Dos, Un Pueblo al Solís, Fiestas Tradicionales. Mateína: A Erva Perdida é sua estreia em longa-metragem.
"Mateína - A Erva Perdida" - Longa-Metragem (2021);
"Nosotros Dos" - Série Documental (2015);
"Fiestas Tradicionales" - Série Documental (2014);
"Nosotros" - Série Documental (2013);
"Un Pueblo al Solís" - Série Documental (2011);
"Nuestra Hospitalidad" - Curta-metragem (2010);
"La Velocidad de los Ceibos" - Curta-metragem (2006, codireção de Pablo Aguirrezábal).
Sequência do sucesso de 2014, o longa é produzido pela RT Features, dirigido por José Eduardo Belmonte, com Vladimir Brichta, Leandra Leal e grande elenco
Um filme sobre o Brasil atual, “que vive em uma cultura de autoritarismo e violência”, define o diretor José Eduardo Belmonte, sobre ALEMÃO 2, sequência do sucesso de 2014, que chega aos cinemas de todo o país no dia 31 de março, com distribuição Manequim Filmes. Com produção da RT Features, e coprodução Buena Vista International e Canal Brasil, o longa acaba de divulgar seu trailer e pôster oficiais.
“Foram sete anos da ideia à realização de ALEMÃO 2. Primeiro, levamos um tempo para definir o recorte da realidade seria recriado pela ficção. Como escrever um filme com a história sendo reescrita tão rapidamente? Foi demorado chegar a uma solução. Um dia, Rodrigo [Teixeira] me apresentou o conceito definitivo: começaríamos do zero. Nova trama, novos personagens. Ele também estabeleceu algumas premissas importantes: seria um filme de gênero, com personagens tentando sobreviver em território que se torna hostil e com dois inimigos que precisam fazer um pacto de sobrevivência”, explica o diretor.
Com roteiro de Thiago Brito e Marton Olympio (“Sequetro Relâmpago” e a série “Cidade dos Homens”), o longa traz novos personagens interpretados por Vladimir Brichta, Gabriel Leone e Leandra Leal, na pele de policiais civis, que têm a missão de capturar o traficante Soldado (Digão Ribeiro), que domina o morro depois da falência das UPPs – Unidade de Polícia Pacificadora. A trama se passa nove anos depois da ação militar que visava acabar com presença do tráfico no Complexo do Alemão.O elenco ainda inclui Aline Borges e Dan Ferreira.
“O primeiro filme ainda é muito relevante e atual, mas ALEMÃO 2 aprofunda ainda mais a discussão, e se aproxima novamente da realidade. O trabalho do Belmonte no original foi fundamental, por isso, não havia como ser outra pessoa para dirigir a sequência. Nossa sintonia foi ótima, e a prova disso é que foi um sucesso”, conta o produtor Rodrigo Teixeira.
O diretor destaca que os dois filmes partiram de uma ideia original de Teixeira, e que aceitar o convite para os dirigir veio da combinação de vários elementos. “Penso que as motivações de fazer um filme sempre passam ou pelo racional, ou pelas sensações, ou pelas emoções. Quando aceitei os dois convites de Rodrigo Teixeira, a minha motivação veio da mistura desses sentidos.”
Belmonte conta que os dois longas tiveram um processo bastante colaborativo, em especial por parte do elenco, o que resultou em muitas cenas surgindo a partir dos ensaios. “Essa sequência é um filme mais aberto, literalmente até, já que o primeiro se passava quase todo em um porão. Apesar de também ter momentos claustrofóbicos, ALEMÃO 2mostra mais o que está ao redor, o lugar, as pessoas em volta do conflito. Também por isso, tivemos muito mais locações, maior número de personagens e, pelo menos, quatro cenas de ação bastante complexas.”
O diretor também lembra de uma frase marcante do primeiro filme, dita pelo personagem de Antônio Fagundes: “Não há heroísmo na polícia”. Para Belmonte, essa é a ideia que permeia todo o segundo longa. “Há inteligência, estratégia, risco, entrega. Mas o heroísmo é uma fantasia perigosa. E uma das virtudes do roteiro do Thiago e do Marton é, respeitando o gênero, ir subvertendo as expectativas, dar umas viradas na história e, assim, problematizar a realidade, sem impor heroísmos.”
Fora os novos personagens, Belmonte destaca a volta de Mariana – interpretada por Mariana Nunes – que traz a perspectiva da comunidade, e estabelece um elo com o primeiro filme. “Os dois filmes também me fizeram tentar compreender questões do país que, no Rio de Janeiro, são bastante emblemáticas: o abismo social, a violência entranhada no cotidiano, a nossa eterna crise de futuro.”
“Foi um desafio e tanto fazer ALEMÃO 2, em um estado cada vez mais militarizado, um filme em que policiais atiram em uma comunidade. Minha preocupação como diretor em um filme de gênero foi ser diligente no que se conclui do que se mostra. Dar contexto”, conclui o cineasta.
Sinopse
No complexo do Alemão, o policial civil Machado e seus comandados, Ciro e Freitas, executam uma missão secreta: a prisão de um grande líder do tráfico de drogas. Supervisionados pela delegada Amanda e seguindo as pistas de um informante, a ação sofre uma emboscada. Foragidos, os policiais são caçados por traficantes. Enquanto isso, no centro de operações, Amanda conduz uma investigação sobre o ocorrido e orienta o grupo a sair do Alemão com vida.
Ficha Técnica
Direção: José Eduardo Belmonte
Roteiro: Marton Olympio e Thiago Brito
Elenco: Vladimir Brichta, Gabriel Leone, Leandra Leal, Aline Borges, Dan Ferreira, Digão Ribeiro, Zezé Motta, Mariana Nunes, Démick Lopes, Ricardo Gelli, Lucas Sapucahy, Alex Nader, Rafa Sieg
Produção: RT Features
Coprodução: Buena Vista International e Canal Brasil
Produção executiva: Marília Garske e Mariana Coelho
Direção de produção: Flavia Rosa Borges e Sílvia Sobral
Fotografia: Fabrício Tadeu
Direção de arte: Ana Paula Cardoso
Som: Gabriela Bervian
Maquiagem: Luiz Gaia
Figurino: Kika Lopes
Montagem: Lucas Gonzaga e Bruno Lasevicius Sound Design: Ricardo Cutz e Matheus Miguens, A3pS Trilha Sonora Original: Zepedro Gollo
SOBRE JOSÉ EDUARDO BELMONTE
José Eduardo Belmonte é um dos diretores mais ativos da indústria audiovisual brasileira. Em mais de duas décadas de atividade profissional, dirigiu alguns dos principais atores brasileiros e latino-americanos em dezenas de filmes e séries de TV . Tem treze longas-metragens e mais um em pós-produção. Belmonte venceu o Festival do Rio de Janeiro 2008 e do Festival de Cinema Brasileiro de Paris com o drama "Se nada mais der certo", que rendeu a Caroline Abras o prêmio de melhor atriz nos dois festivais e a Cauã Reymond, João Miguel o prêmio de melhor ator em festivais em Miami, Los Angeles e Toronto. Maior bilheteria do cineasta, "Alemão" no Brasil atraiu um milhão de espectadores nos cinemas em 2014. Adaptado três anos depois para a televisão, ganhou uma indicação ao Emmy. Sequência blockbuster, tem estreia nas telas em 2022. Na televisão, José Eduardo Belmonte também realizou vários trabalhos. Entre as principais realizações está a direção artística da série "Carcereiros", um dos sucessos de audiência dos últimos tempos na TV Globo. Único latino-americano selecionado em 2017 para o Cannes MIPDrama Screenings (uma das principais feiras de televisão do mundo), primeiro episódio da 1ª temporada de "Carcereiros", venceu o concurso do Grande Júri, feito inédito para o audiovisual brasileiro. Belmonte também dirigiu a série El Hipnotizador, da HBO Latin America, estrelada por Leonardo Sbaraglia ("Dolor y Gloria") e protagonizada por atores como Cesar Troncoso, Chino Darín e Marilu Marini. Nascido em 1970 em São José dos Campos (SP) e radicado no Rio de Janeiro, José Eduardo Belmonte é formado em cinema pela Universidade de Brasília e iniciou sua carreira no cinema com Nelson Pereira dos Santos, um dos maiores nomes na história do cinema brasileiro.
SOBRE A RT FEATURES
Criada e dirigida por Rodrigo Teixeira, a RT Features tem em seu currículo de produções brasileiras longas-metragens como O Cheiro do Ralo (2006), O Abismo Prateado (2010), Tim Maia (2014), Alemão (2014), O Silêncio do Céu (2016) e a série O Hipnotizador (para a HBO Latin America em 2015).
No cenário internacional, produziu filmes premiados como Frances Ha (2013) e A Bruxa (2015). Em 2016, Rodrigo passa a integrar a Academia de Artes e Ciências Cinematográfica nos Estados Unidos, responsável pelo Oscar. Um ano depois, lança Me Chame Pelo Seu Nome, vencedor do Oscar de Melhor Roteiro Adaptado em 2018.
Em 2019, recebe o Prêmio de Melhor Filme na mostra Um Certo Olhar no Festival de Cannes com o filme A Vida Invisível de Karim Aïnouz que conta com Fernanda Montenegro no elenco. E no mesmo ano lançou os filmes Ad Astra, de James Gray, com Bratt Pitt, Wasp Network, de Olivier Assayas, com Penélope Cruz, Gael García Bernal e Wagner Moura (ambos exibidos no Festival de Veneza) e também O Farol, de Robert Eggers, com Willem Dafoe e Robert Pattinson, vencedor do prêmio máximo da critica na Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes. 2021 marca a volta da RT Features ao Festival de Cannes, com o filme Bergman’s Island dirigido por Mia Hansen-Love e ao Festival do Rio com Alemão 2.
SOBRE A MANEQUIM FILMES:
A Manequim é o novo selo da Vitrine Filmes para a distribuição de filmes comerciais, que abrangem histórias que fogem ao perfil de lançamentos da Vitrine. O line-up de longas já finalizados e em produção inclui biografias, filmes de ação e muito mais.
A Vitrine Filmes, em dez anos de atuação, já distribuiu mais de 160 filmes e alcançou mais de 4 milhões de espectadores. Entre seus maiores sucessos estão 'O Som ao Redor', 'Aquarius'; e 'Bacurau' de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles. Outros destaques são 'A Vida Invisível', de Karim Aïnouz, representante brasileiro do Oscar 2020, 'Hoje Eu Quero Voltar Sozinho', de Daniel Ribeiro, e 'O Filme da Minha Vida', de Selton Mello. Entre os documentários, a distribuidora lançou 'Divinas Divas', dirigido por Leandra Leal e 'O Processo', de Maria Augusta Ramos, que entrou para a lista dos 10 documentários mais vistos da história do cinema nacional.
Além do cinema nacional, a Vitrine Filmes vem expandindo o seu catálogo internacional ao longo dos anos, tendo sido responsável pelo lançamento dos sucessos “O Farol”, de Robert Eggers, indicado ao Oscar de Melhor Fotografia; “Você Não Estava Aqui”, dirigido por Ken Loach, e premiado com o Oscar de Melhor Filme Internacional 2021: 'DRUK - Mais uma rodada', de Thomas Vinterberg.
SOBRE O CANAL BRASIL
O Canal Brasil é, hoje, o canal responsável pela maior parte das parcerias entre TV e cinema do país e um dos maiores do mundo, com 365 longas-metragens coproduzidos. No ar há mais de duas décadas, apresenta uma programação composta por muitos discursos, que se traduzem em filmes dos mais importantes cineastas brasileiros, e de várias fases do nosso cinema, além de programas de entrevista e séries de ficção e documentais. O que pauta o canal é a diversidade e a palavra de ordem é liberdade – desde as chamadas e vinhetas até cada atração que vai ao ar.
O É Tudo Verdade 2022 27º. Festival Internacional de Documentários tem o privilégio de anunciar os convidados para a formação de seus dois júris oficiais neste ano. A cerimônia de premiação acontecerá presencialmente em 10 de abril próximo, às 18h, no Espaço Itaú de Cinema Augusta, em São Paulo.
Júri Competição Brasileira
O júri das Mostras Competitivas Brasileiras de Longas ou Média e Curtas-Metragens é formado pela historiadora Eloá Chouzal, o diretor e fotógrafo de cinema e televisão Carlos Ebert, e o escritor, roteirista e cineasta Renato Terra.
Eloá Chouzal, além de historiadora, atua há mais de vinte anos como pesquisadora de audiovisual para cinema e televisão. Coordenou a pesquisa de filmes como Tropicália (2012), de Marcelo Machado, que abriu o É Tudo Verdade em 2012, e Mulheres Olímpicas (2013), de Laís Bodanzky. Milita em defesa dos acervos audiovisuais públicos brasileiros em organizações como a Associação Brasileira de Preservação Audiovisual (ABPA) e movimentos como Cinemateca Acesa.
Diretor e fotógrafo de cinema e televisão, Carlos Ebert participou do movimento Cinema Marginal nos anos 1960, estreando na cinematografia em O Bandido da Luz Vermelha (1968), de Rogério Sganzerla, que foi premiado em Brasília. Trabalhou em dezenas de produções documentais, como Vlado 30 Anos Depois (2005), de João Batista de Andrade, a série O Povo Brasileiro (2001), dirigida por Isa Grinspum Ferraz, e na qual dividiu a fotografia com Adrian Cooper e José Guerra, e o curta Lavra Dor (1968), dirigido por Paulo Rufino e Ana Carolina. Este filme será exibido na 27a edição do É Tudo Verdade, como parte da homenagem à diretora. Entre as ficções que fotografou estão O Rei da Vela, de José Celso Martinez Corrêa, e Um Homem Qualquer, de Caio Vecchio.
Renato Terra é escritor, roteirista e cineasta, dirigiu a série O Canto Livre de Nara Leão (2022) e, em parceria com Ricardo Calil, os documentários Uma Noite em 67 (2010), Eu Sou Carlos Imperial (2016) e Narciso em Férias (2020) todos exibidos no É Tudo Verdade. Seus filmes já foram exibidos e premiados em festivais como Veneza e Paulínia. Criador do Diário da Dilma, coluna humorística publicada pela revista Piauí entre 2014 e 2016, além disso, mantém um blog de humor político na Folha de S.Paulo.
Júri Competição Internacional
Os Longas, Médias e Curtas-Metragens internacionais exibidos em competição no Festival serão avaliados por um júri composto pelo cineasta e escritor brasileiro Luiz Bolognesi, pelo escritor, jornalista e designer uruguaio Hugo Burel, e pela cineasta norte-americana Megan Mylan, ganhadora do Oscar de Melhor Documentário em Curta, em 2009.
Escritor e cineasta, Luiz Bolognesi dirigiu os documentários Ex-Pajé (2018), A Última Floresta (2021) premiado no Festival de Berlim ambos exibidos no É Tudo Verdade, e a série Guerras do Brasil.doc (2019). Autor dos roteiros de filmes como Bicho de Sete Cabeças (2000) e Chega de Saudade (2007), premiado no Festival de Brasília, coordenou, com a cineasta Laís Bodanzky, o projeto Cine Tela Brasil, que produziu mais de 450 curtas de jovens moradores de periferias entre os anos 1990 e 2000.
Hugo Burel é escritor, jornalista e designer gráfico uruguaio, é autor dos premiados romances El corredor nocturno (2007), filmado pelo espanhol Gerardo Herrero, El desfile salvaje (2009) e El caso Bonapelch (2014). Seu livro mais recente, La Misión Rockefeller (2021), se passa no Rio de Janeiro de 1942, durante a filmagem do documentário É Tudo Verdade, de Orson Welles.
Ganhadora de um Oscar pelo curta documental Smile Pinki, Megan Mylan cria filmes documentais de observação marcados por uma intimidade singular, como Simples como a Água (2021), Raça (2013), codirigido por Joel Zito Araújo, e Lost Boys of Sudan (2003), premiado no Film Independent Spirit Awards. Seus filmes levantaram milhões de dólares para causas filantrópicas, recrutaram milhares de voluntários e subsidiaram políticas públicas.
Premiação Oficial
Melhor Documentário da Competição Brasileira: Longas ou Médias-Metragens
R$ 20.000 e Troféu ÉTudo Verdade
Melhor Documentário da Competição Internacional: Longas ou Médias-Metragens
R$ 12.000 e Troféu É Tudo Verdade
Melhor Documentário da Competição Brasileira: Curtas-Metragens
R$ 6.000 e Troféu É Tudo Verdade
Melhor Documentário da Competição Internacional: Curtas-Metragens
R$ 6.000 e Troféu ÉTudo Verdade
* Prêmios classificatórios reconhecidos pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Los Angeles, tornam o vencedor elegível para consideração nas categorias Documentário de Longa e de Curta-Metragem do Oscar® sem necessidade do período padrão de projeção, desde que o filme atenda ao regulamento da Academia.
A 27ª edição do É Tudo Verdade - Festival Internacional de Documentários conta com o patrocínio do ITAÚ, parceria do SESC-SP, e com o apoio cultural da SPCINE, RIOFILME e ITAÚ CULTURAL. É realizado pela Secretaria Municipal de Cultura da Cidade de São Paulo, Seretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo através do edital PROAC e Secretaria Especial de Cultura do Ministério do Turismo do Governo Federal através da Lei de Incentivo à Cultura.