Depois de uma campanha de financiamento coletivo que terminou na última quinta-feira, 27 de junho, o Anima Mundi, um dos maiores festivais de animação do mundo, confirma que realizará sua 27ª edição, que acontece de 17 a 21 de julho no Rio de Janeiro, e de 24 a 28 de julho, em São Paulo. Serão 303 filmes de mais de 40 países, incluindo 89 produções ou coproduções do Brasil, espalhados em cinemas e centros culturais das duas cidades.
As mostras competitivas serão divididas por categorias: Curtas (79 filmes), Curtas-metragens documentário (6), Curtas infantis (33), Galeria (19 filmes experimentais), Portfólio (26 filmes publicitários ou feitos sob encomenda) Longa-metragem (4), Longa-metragem infantil (4) e Realidade virtual (15).
Já as mostras não-competitivas serão classificadas em: Panorama Internacional (27 curtas internacionais que apresentam diversas tendências dentro da animação), Animação em Curso (36 trabalhos finais das melhores escolas de animação do mundo), Olho Neles! (24 curtas nacionais que merecem atenção) e Futuro Animador (29 filmes que utilizam as linguagens da animação para experiências educativas).
A programação inclui ainda as oficinas do Estúdio Aberto, o Papo Animado, e o Anima Forum, que esse ano será sediado em São Paulo, com uma programação voltada ao fomento, profissionalização e internacionalização do mercado de animação. Os detalhes dessas programações serão divulgados em breve.
“A beleza plástica que as imagens dos filmes apresentam nesta edição é impressionante. Percebemos os animadores com um total domínio dos softwares, utilizando-os como ferramenta para simular perfeitamente os mais variados materiais artísticos, ultrapassando os limites impostos pelo universo digital. Observamos esses destaques durante o processo de seleção, uma das primeiras etapas da pré-produção que nesta edição ocorreu dentro da normalidade possível, já que ainda não tínhamos o quadro de patrocínio definido e não podíamos esperar o final da campanha de financiamento coletivo para isto. E agora vamos conseguir realizá-lo dentro da data prevista”, explica Aída Queiroz, uma das diretoras fundadoras do festival ao lado de Cesar Coelho, Lea Zagury e Marcos Magalhães, responsáveis pela curadoria do Festival desde 1993, data de sua criação.
"Uma das categorias mais originais e significativas do festival, a meu ver, é a que se chama Futuro Animador. São programas gratuitos nos quais a gente se contagia com o frescor e o entusiasmo de crianças, jovens e educadores, independentes ou participantes de diversas iniciativas de todo o mundo, que descobrem o quanto a linguagem da animação pode ser transformadora. É uma tendência que vem crescendo em número e qualidade. Este ano temos filmes interessantíssimos feitos em escolas e oficinas não profissionalizantes do Brasil, Argentina, Bélgica e Portugal, por exemplo”, conta Marcos Magalhães.
“Também estamos com uma excelente competição de longas metragens de animação, refletindo o aumento da produção deste formato em todo o mundo. Vale ressaltar os longas para adultos, uma tendência de mercado cada vez mais forte. Nesta categoria teremos grandes filmes em competição, incluindo o longa brasileiro de Otto Guerra, “Cidade dos Piratas”. “Another Day of Life” tem o diferencial de ser um documentário realizado em grande parte em animação. A categoria de longas infantis também não fica atrás em termos de qualidade e também inclui um filme brasileiro na competição, “Miúda e o Guarda-Chuva”. Destaco o longa “Away”, da Letônia, animado totalmente por seu diretor, um trabalho impressionante, tratando-se de um longa de animação”, aponta Cesar Coelho.
“Desde seu início, o festival se preocupou em mostrar filmes de autor, que por sua natureza, não têm como objetivo um apelo comercial. As narrativas são mais pessoais, íntimas e experimentais e se destacam mais no universo da animação de festivais internacionais, escolas de cinema e museus contemporâneos. Na Sessão Galeria apresentamos as obras mais experimentais, mas que inspiram a muitos pela forma nova de pensar, interpretar e inovar. Alguns filmes de autor se desenvolveram também além da tela, e navegaram por galerias de arte e museus em novos formatos como instalações, performances e mais recentemente, e assim como alguns estúdios de animação, abraçaram a linguagem de VR”, destaca Lea Zagury.
A última edição do Anima Mundi, em 2018, movimentou R$ 26,8 milhões e gerou R$ 2,6 milhões em impostos, tendo público estimado de 50 mil pessoas. Desde a criação, exibiu mais de 10 mil filmes de animação do mundo inteiro a preços populares, entre longas e curtas-metragens, além de promover oficinas abertas e gratuitas, debates, exposições, entre outras atividades.
Desde 2012, o Anima Mundi é qualificado pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA e o curta-metragem vencedor do Grande Prêmio Anima Mundi é elegível a participar das seleções para a disputa do Oscar®. Neste ano, “Animal Behaviour”, de David Fine, ganhador do Grande Prêmio de 2018, concorreu ao Oscar de melhor curta-metragem de animação.
“Em 2019, a união do setor por meio dos canais de exibição de animação, estúdios, produtoras, instituições de ensino e animadores independentes foi um grande diferencial para a realização do festival, depois da perda de importantes patrocínios. Parceiros como Cartoon Network, Gloob, Band, TV Escola, Birdo, Copa Estúdio, Paris Filmes, 2dLab, Turma da Mônica, TV Pinguim, Combo, Split e Boutique Filmes apresentarão conteúdos inéditos no Festival. As Instituições Culturais, como Itaú Cultural e Centro Cultural Banco do Brasil, que irão receber o Festival, foram fundamentais para levantarmos nossa produção. Com certeza sem esse movimento não estaríamos celebrando a 27ª edição do Anima Mundi”, explica Fernanda Cintra, diretora executiva do festival.
Há atividades gratuitas e outras pagas. A seleção de filmes e a programação completa ficarão disponíveis no site do festival.
Serviço:
27º Anima Mundi
Rio de Janeiro: 17 a 21 de julho.
São Paulo: 24 a 28 de julho.
ASSESSORIA DE IMPRENSA:
Anna Luiza Muller
Julia Moura
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