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quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

'120 batimentos por minuto', filme sobre luta LGBT contra AIDS está em cartaz nos cinemas

'120 batimentos por minuto', filme sobre luta LGBT contra AIDS está em cartaz nos cinemas


Grande vencedor do prêmio do Júri (prêmio FIPRESCI) do 70º Festival de Cannes 2017, "120 batimentos por minuto" é um filme sobre a luta contra a AIDS e o ativismo do movimento LGBT. Dirigido por Robin Campillo, o longa é ambientado na Paris do inicio dos anos 1990, acompanhando as ações do grupo "Act Up Paris", uma ong voltada para os direitos dos soropositivos e minorias, quando a política de saúde pública francesa não adotava medidas mais eficazes na prevenção e no tratamento da epidemia. 

O longa retrata a militância política do grupo, que desenvolvia diferentes tipos de ações políticas, como passeatas nas ruas, panfletagem nas escolas e distribuição de preservativos e seringas. Eles também realizavam intervenções em palestras, debates e coquetéis de políticos e empresários dos maiores laboratórios farmacêuticos da França, responsáveis pelos testes e produção de novos antirretrovirais para o tratamento dos pacientes infectados pela AIDS. O filme também mostra as atividades de mobilização social contra o preconceito referentes ao direito de gênero, sexualidade (LGBT) e inclusão social, no tratamento de viciados em drogas, prostitutas, hemofílicos e estrangeiros. 


Eles pressionavam o Estado e os grandes laboratórios franceses a divulgar o resultado dos exames dos soropositivos com as novas drogas antirretrovirais, exigindo a liberação de medicamentos inibidores de protease. Apesar do crescimento da epidemia, o tratamento dos soropositivos na França, no início da década de 1990, era muito deficiente. Os ativistas denunciavam o descaso dos laboratórios que demoravam a liberar os medicamentos e ocultavam as informações sobre os testes de novos antirretrovirais forçando o grupo a desenvolver ações políticas cada vez mais agressivas.

"120 batimentos por minuto" é uma espécie de documentário ficcional. Segundo Robin Campillo, o roteiro foi escrito em parceria com Phillipe Mangeot, resultado de suas memórias e experiências pessoais. Os dois roteiristas participaram ativamente das ações políticas do "Act Up Paris" na década de 1990, na luta ao acesso à informação preventiva e ao tratamento digno dos homossexuais soropositivos, assim como de todos os indivíduos marginalizados pela sociedade.

Partindo do ponto de vista dos membros do grupo, o cineasta reconstrói a dinâmica do modus operandi do ativismo do "Act Up Paris". As discussões acaloradas, o planejamento das ações, confrontos externos e conflitos internos. Com uma câmera nervosa, ágil, na mão, Campillo traz o espectador para o centro nervoso da organização, que nem sempre estava coesa em relação às formas de atuação política. Para todos os integrantes era urgente a mobilização da imprensa e da opinião pública para pressionar o Estado e os grandes laboratórios sobre a situação dos soropositivos e o avanço da epidemia.

Em entrevista à imprensa, Campillo revelou que, durante os anos 1980, vivia aterrorizado pelo fantasma do vírus da AIDS ao ver seus amigos morrerem e imaginar que também estaria infectado. Ingressou na organização em 1992, transformando o medo, a raiva, a sexualidade e a doença em força política. 

A experiência pessoal de participar do movimento e a sensação de viver no limbo entre a vida e a morte repercutiria nos filmes do cineasta. Les Revenants (2004), em que os mortos regressam, e Eastern Boys (2013), de temática gay, em que estranhos invadem a casa de um homem, também exploram o sentimento de perigo e do limite da vida. 


Finalmente em "120 batimentos por minuto" (2017), Robin Campillo revela 
a metamorfose pessoal que sentiu nos três anos que participou intensamente do "Act Up Paris". Essa transformação é representada cinematograficamente na relação entre os personagens principais da história, Nathan (Arnaud Valois) e Sean (Nahuel Pérez Biscayart). De um começo tímido, performático, de observador silencioso, surge uma relação que se desenvolve lentamente até se revelar intensa, apaixonada. Outros personagens, que também pertencem a esse universo, ganham destaque na narrativa, como os combativos Thibauld (Antoine Reinartz) e Sophie (Ádele Haenel), que participam da liderança do movimento. 


O filme não é apenas um registro das memórias do ativismo do "Act Up Paris" na defesa da vida e do direito dos soropositivos ao tratamento digno. Carrega uma dose de poesia em meio a tragédia da epidemia e da urgência de manter a vida. A batida frenética da música eletrônica que embala os personagens traz a sensação que cada momento deve ser vivido intensamente. É também uma luta contra o preconceito da sociedade à comunidade LGBT e o descaso do Poder Público para com os direitos fundamentais dos indivíduos, que devem ser respeitados independentemente de cor, nacionalidade, gênero, credo e opção sexual. 

Elisabete Estumano Freire.

* Veja também http://www.cabinedecinema.com/2018/01/120-batimentos-por-minuto.html




terça-feira, 3 de maio de 2016

MEU NOME É JACQUE” ESTREIA 7 DE MAIO NA GLOBONEWS

MEU NOME É JACQUE” ESTREIA 7 DE MAIO NA GLOBONEWS


Documentário apresenta trajetória de ativista transexual
militante pelos portadores do vírus HIV

A Globonews exibe no dia 7 de maio de 2016 o documentário “Meu Nome é Jacque”, sobre ativista Jacqueline Rocha Côrtes, mulher transexual e militante para pessoas soropositivas. Portadora do vírus HIV há 21 anos, sua jornada é marcada por desafios e conquistas, como seu papel de representante do governo brasileiro na Organização das Nações Unidas. O filme aborda questões como diversidade e o preconceito, através dos depoimentos de Jacque e amigos, familiares, colegas e médicos.

Meu Nome é Jacque é dirigido por Angela Zoé. O filme é uma coprodução da Documenta Filmes, Globo Filmes e Globonews, com patrocínio da UNAIDS, do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, da ONU Mulheres e da ANCINE.

SINOPSE
O documentário "Meu Nome É Jacque" aborda a diversidade através da história de vida de Jacqueline Rocha Côrtes, uma mulher transexual brasileira, que vive com Aids há 21 de seus 55 anos. Militante pela causa, Jacque tem a vida marcada por lutas e conquistas como representante do governo brasileiro na Organização das Nações Unidas. Hoje, casada e mãe de dois filhos, mora numa pequena cidade, levando uma vida voltada para a maternidade e a família. Ao acompanhar o cotidiano de Jacque e revisitar sua trajetória, este documentário apresenta os inúmeros desafios que foram rompidos pela personagem, levantando uma reflexão sobre o preconceito, a homofobia e a identidade de gênero.


“O descompasso sexual, espinha dorsal de “MEU NOME É JACQUE”, documentário de Angela Zoé, já foi destacado em outros filmes. Mas a questão soa bastante atual num momento como o de agora, no qual a sexualidade é percebida de forma cada vez mais complexa, não mais restrita a categorizações previamente definidas.” - Daniel Schenker, O Globo

“Um filme de ficção talvez não desse conta das voltas que o mundo dá na história de real contada em MEU NOME É JACQUE. (...)O filme tem um roteiro de edição primoroso, que dinamiza os relatos orais com imagens sugestivas, intimistas, quando não deliciosamente metafóricas. Mas esse tratamento sensível e atencioso nada seria se Ângela Zoé, sua parceira Julia Zylbersztajn e equipe não tivessem diante de si formas de vida e pessoas tão inspiradoras.” - Carlos Alberto Mattos

“Meu Nome é Jacque mantém o interesse do começo ao fim, pela coragem como Zoé e a própria Jacque abordam esta história. O documentário transmite honestidade, ao contrário de diversos projetos sobre minorias que tendem a instrumentalizar seus retratados em nome da mensagem a transmitir. O aspecto mais belo do filme é sua capacidade de olhar para Jacque com empatia e respeito, de igual para igual.” - Bruno Carmelo, Adoro Cinema


FICHA TÉCNICA
Documentário, 72 minutos
-Direção e Roteiro: Angela Zoé
-Pesquisa e Assistência de Direção: Julia Zylbersztajn
-Produção Executiva: Jaqueline Neves
-Direção de Fotografia: Luis Abramo
-Som Direto: Renato Calaça
-Montagem: Fernando Botafogo e Célia Freitas, edt
-Montagem Final: Marcelo Luna
-Edição de Som e Mixagem: Damião Lopes
-Trilha Sonora: Felipe Radicetti

REDES SOCIAIS
​Facebook.com/meunomeejacque


Fonte: Primeiro Plano/ Luisa Lacombe.

EVENTOS (Teatro, música, audiovisual)

ARTES E ARTISTAS (EVENTOS, LANÇAMENTOS, CURSOS)