sexta-feira, 11 de novembro de 2016

ÚLTIMOS DIAS DA MONSTRA NA CAIXA CULTURAL RIO DE JANEIRO


Mostra com filmes de animação portugueses, que fica em cartaz até domingo,
 tem entrada franca

A CAIXA Cultural Rio de Janeiro apresenta, até 13 de novembro, a MONSTRA – Mostra Oficial de Animação Portuguesa -, tradicional festival de filmes de animação realizado em Lisboa há 16 anos, que acontece pela primeira vez no Brasil. Para a estreia da MONSTRA no Rio de Janeiro, o curador Fernando Galrito fez uma seleção de 34 curtas-metragens de animação portugueses de diversos estilos e técnicas, produzidos entre 1923 e 2015. O projeto tem patrocínio da Caixa Econômica Federal e Governo Federal.

Cena de "Do céu e da terra"
A programação da mostra é dividida em quatro programas, que ainda podem ser assistidos nestes últimos três dias do evento: Históricos da animação portuguesa; Mistérios da noite e do dia; Viagens do céu e da terra; e A animação e o fado. Eles formam um panorama da animação portuguesa, com filmes premiados e inéditos no Brasil, realizados com técnicas diversas, como: animação em areia (Clandestino, 1998, de Abi Feijó), em papel (CofCof, 2000, de Zepe), de volumes (A suspeita, 1999, de José Miguel Ribeiro), em 2d com plasticina (Shshsintonia  incompleta, 1999, de Mário Jorge Neves) e pintura e desenho sobre papel (Com uma sombra na alma, 2005, Fernando Galrito).

Entre os destaques da programação estão o primeiro filme de animação português, O Pesadelo de António Maria (1923), de Joaquim Guerreiro; e Os Salteadores (1993), de Abi Feijó, a primeira grande produção que reuniu uma vasta equipe de animadores de todo o país, ganhador do Prêmio Especial do Júri no Cartoon D’Or de 1994, considerado o “Oscar” da animação européia. História Trágica com Final Feliz (2005), de Regina Pessoa, o filme português com mais prêmios nacionais e internacionais, é outro destaque.

Cena de "Mi vida en tus manos"
Tal como o fado e a poesia, a animação é um leito artístico por excelência para a metáfora. As metáforas da alma e do coração que povoam o fado são, no cinema de animação, ampliadas para áreas ainda mais transversais da essência humana”, comenta o curador Fernando Galrito. “O que faz com que um pequeno país, sem uma grande escola específica, sem uma história profunda no mundo das artes da imagem em movimento tenha, no entanto, um histórico de animação tão rico e apreciado por todo o mundo? No meu entender, é a diversidade e confluência artística e experimental que se cruzam nos realizadores de animação em Portugal. A não existência de uma forte ‘escola’ que imponha regras ou linhas plásticas, técnicas, estáticas ou narrativas, permite uma riqueza e diversidade de abordagens individuais que se materializam em grande diversidade e liberdade conceitual e artística. Depois, encontramos nos filmes portugueses de animação uma forte ligação à tradição cultural que une a oralidade, a poética e uma certa ingenuidade (naivetê) e ‘aparente inocência’”, declara.


Programação – últimos dias:

11 de novembro (sexta-feira)
16h10 - PROGRAMA 1 - Históricos da animação portuguesa, Portugal, 62 min, 12 anos.O Pesadelo de António Maria (1923), de Joaquim Guerreiro, reconstituição por Paulo Cambraia (2006), p&b, 3’15’’; O boneco rebelde (1942), de Sérgio Luís, extratos - 3’; Beth (1978), de Mário Neves, cor, 5; O caldo de pedra (1976), de Artur Correia,  7’; Estória do gato e da lua (1995), de Pedro Serrazina, p&b, 5'35'’;  Clandestino (1998), de Abi Feijó,  5’;  CofCof (2000), de Zepe, 5’21’’;  A suspeita (1999), de José Miguel Ribeiro, 25'; Shshsintonia    incompleta (1999), de Mário Jorge Neves, 3’30’’.

18:30 - PROGRAMA 4: A animação e o fado, Portugal, 73 min, 12 anos. A animação e o fado, Portugal, 73 min, 12 anos.Fatum, de José Xavier, música a partir de um fado de Alfredo Marceneiro, 3’; Fado lusitano, de Abi Feijó,  música de Tentúgal a partir fado tradicional dos açores, 5’30’’;  Mi vida entus manos, de Nuno Beato, música de Alexandre Resende, versão José Dias , 8’30’’; Arte república, de Fernando Galrito, música de André Miranda, Miguel Teixeira, Rui LavoseTiago Morna (guitarra portuguesa) 12’45’’; Verdes Anos, de AudeFauconnier, música Carlos Paredes, adaptação Mariana Abrunheiro, 4’; Guisado de galinha, de Joana Toste, de música de Pedro Joia, 5’; Quiero você, de Sandra Ramos, música de Jonas Lopes,  4’; Fado na noite, de Fernando Relvas e Humberto Santana, 11’04’’; Abraço do vento, de José Miguel Ribeiro, música de Carlos Paredes, 2’30’’; Fado do homem crescido, de Pedro Brito, música de António Zambujo, João Lucas, letra de João P. Cotrim,  7’20’’.

12 de novembro (sábado)
16h10 - PROGRAMA 2 - Mistérios da noite e do dia, Portugal, 68 min, 12 anos. A fantasista (2003), de André Ruivo, cor, 6'; Com uma sombra na alma (2005), de Fernando Galrito, João Ramos, cor, 10’; Menu (2005), de Joana Toste, cor, 3'21''; Cândido (2007), de Zepe, cor, 11'20'';  Smolik (2012), de Cristiano Mourato, cor, 8'15’’; Algo importante (2009), de João Fazenda, cor, 7'; Os olhos do farol (2010), de Pedro Serrazina, cor, 15'; História trágica com final feliz (2005), de Regina Pessoa, p&b, 7'46''.
18:30 - PROGRAMA 3 - Viagens do céu e da terra, Portugal, 72 min, 12 anos.28 (2010), de José xavier, 04’05; Viagem a cabo verde (2010), de José Miguel Ribeiro, cor, 17’; Do céu e da terra (2012), de Isabel AboimInglêz, cor, 14'; Pássaros (2009), de Filipe Abranches, p&b, 7’; Carrotrope (2013),  de Paulo de Alva, cor, 8’; Fuligem (2014), de Vasco Sá e David Doutel,  cor, 14'; Amélia & Duarte (2015), de Alice Guimarães e Mónica Santos, cor, 8'30''.

13 de novembro (domingo)
16h10 - PROGRAMA 4 - A animação e o fado, Portugal, 73 min, 12 anos.
18:30 - PROGRAMA 1 - Históricos da animação portuguesa, Portugal, 62 min, 12 anos.



Serviço:
MONSTRA – Mostra Oficial de Animação Portuguesa
Entrada franca
Local: CAIXA Cultural Rio de Janeiro – Cinema 1
Endereço: Av. Almirante Barroso, 25, Centro (Metrô: Estação Carioca)
Telefone: (21) 3980-3815
Data: 1 a 13 de novembro de 2016 (terça-feira a domingo)
Horários: Consultar programação
Ingressos: entrada franca
Lotação: 78 lugares (mais três para cadeirantes)                      
Bilheteria: de terça-feira a domingo, das 10h às 20h
Classificação Indicativa: Consultar programação
Acesso para pessoas com deficiência
Patrocínio: Caixa Econômica Federal e Governo Federal


Fonte: Claudia Oliveira


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