sábado, 30 de março de 2019

FESTIVAL BRASILEIRO DE CINEMA DE PARIS DIVULGA FILMES SELECIONADOS


Em sua 21ª edição, 50% dos filmes selecionados é dirigido por mulheres. “O Beijo no Asfalto”, de Murilo Benício, é o filme de abertura, e “Marighella”, de Wagner Moura e “Amazônia Groove”, de Bruno Murtinho, encerram o Festival na capital francesa.

A 21ª edição do Festival de Cinema Brasileiro de Paris será realizada de 9 a 16 de abril, e contará com a exibição de 23 longas, entre ficção e documentário, no prestigioso cinema L’Arlequin, localizado no Quartier Latin. A programação destaca títulos inéditos na França, a presença de vários realizadores que participarão de sessões com debate, e para encerrar um Fórum voltado para o mercado audiovisual com o objetivo de promover o intercâmbio entre os dois países.
“Este ano teremos duas grandes novidades, fundamentais no mundo atual: pela primeira vez, 50% de filmes feitos por mulheres, e a JangadaVOD, uma plataforma exclusiva de longas brasileiros na França, dando assim continuidade ao nosso trabalho em defesa do cinema nacional fora do Brasil”, explica Katia Adler, idealizadora e diretora do Festival.
A JangadaVOD permitirá o aluguel de longas brasileiros em todo o território francês, ampliando o alcance do Festival que há duas décadas lota o cinema L’Arlequin com um público fiel. “Todos esses anos de Festival fomos questionados pelos espectadores sobre onde poderiam assistir aos filmes brasileiros. A plataforma facilitará esse acesso”, conta Katia. A seleção para assistir online inclui ficções como “O Som ao Redor”, de Kleber Mendonça Filho, e “Elis”, de Hugo Prata, além de documentários como “Estamira”, de Marcos Prado, e “Meninas” de Sandra Werneck.
Na edição deste ano o filme de abertura será “O Beijo no Asfalto”, de Murilo Benício, adaptação da peça de Nelson Rodrigues, que está na competição. E os filmes de encerramento são: “Marighella”, de Wagner Moura, a cinebiografia de Carlos Marighella, ex-deputado, poeta e militante comunista; e o documentário “Amazônia Groove”, de Bruno Murtinho, que revela os artistas da região do Norte do país.
Além de “O Beijo no Asfalto”, a mostra competitiva inclui filmes consagrados em festivais no Brasil e no Mundo: “Tinta Bruta”, de Filipe Matzembacher e Marcio Reolon (vencedor do prêmio Teddy no Festival de Berlim e eleito melhor filme no Festival do Rio, entre outros), “Aos Teus Olhos”, de Carolina Jabor (arrematou quatro prêmios no Festival do Rio 2017 e o prêmio de melhor longa ficção nacional na Mostra São Paulo no mesmo ano, entre outros), “Deslembro”, de Flavia Castro, (Melhor longa pelo voto popular e pela FIPRESCI no Festival do Rio e prêmio do Sindicato Francês dos Críticos de Cinema no Festival Biarritz América Latina, todos em 2018) e“Temporada”, de André Novais Oliveira (vencedor do Festival de Cinema de Brasília de 2018), “Todas as canções de amor”, de Joana Mariani, e “Sócrates” de Alex Moratto.
Nesta edição foram selecionados 11 documentários de diversas temáticas, alguns abordam questões sociais e políticas como “A Última Aboliçãode Alice Gomes, e “Torre das Donzelas, de Susanna Lira (premiado como melhor documentário no Festival do Rio 2018); e outros são retratos culturais do Brasil como “My name is now, Elza Soares”, de Elizabeth Martins Campos, e “Orlamundo”, de Orlando Morais.         
Como parte integrante da programação do festival, ocorrerá o 2º Forum Audiovisual França-Brasil, no dia 16 de abril de 2019, na Embaixada do Brasil em Paris, que visa incentivar o intercâmbio entre os dois países neste setor. Serão realizadas master classes, painéis e encontros profissionais com a presença de representantes de entidades, criadores, produtores e executivos brasileiros e franceses.
Em 20 anos, o festival permitiu que cerca de 530 filmes fossem vistos na França, diante de uma plateia de mais de 73.000 espectadores que puderam debater com quase 500 convidados.

SOBRE A DIRETORA – KATIA ADLER
Katia Adler, nasceu no Rio de Janeiro, em 1962. Se formou em cinema em 1984 na Universade Saint Denis VIII, em Paris. Fundou em 1998, a ONG Jangada, enquanto morava na França (1984-2008), e através da qual, há 21 anos produz o Festival de Cinema Brasileiro de Paris. Em 2007, a Jangada criou mais dois festivais internacionais no Canada: em Toronto e em Montreal. E em abril de 2018, organizou a primeira edição do festival brasileiro no Congo. No mesmo ano também produziu o Festival na China, em três grandes cidades: Xangai, Cantao e Pequim.
Além dos Festivais, Katia Adler, dirigiu os curtas e media metragens: “Carnaval em Paris” (1998); “Succoth, a festa da Cabana” (1996), “Vite”  (1993); “Toi” (1993); “Sem côr” (1991) e “A arte de ser um cientista ” (1989).

Fonte: Aline Martins/ Primeiro Plano Assessoria de Imprensa

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