Territórios da Arte/Interculturalidades, projeto da Universidade Federal Fluminense e da Fundação Nacional de Artes, chega à etapa final reunindo mais de 100 participantes das regiões brasileiras
Direitos da cultura, Amazônia, arte e tecnologias de emancipação, matrizes e ancestralidade. Esses são alguns dos assuntos que estarão em pauta nos diversos encontros do projeto Territórios da Arte/Interculturalidades, entre os dias 2 e 8 de outubro, em Niterói. O evento, inteiramente gratuito, terá rodas de conversa, mini-oficinas, performances dos coletivos da UFF selecionados por edital, encerrando sempre com atrações artísticas noturnas.
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| Lia de Itamaracá |
De terça a domingo, 3 a 8 de outubro, haverá um show de música, sempre às 20h – nos dias úteis, no Campus do Gragoatá (São Domingos) e, no fim de semana, no Centro de Artes UFF (Icaraí). São aguardados artistas como Nelson Sargento com o grupo de samba Candongueiro (terça), Dona Onete (quarta), Mundo Livre S/A (quinta), Lia de Itamaracá com encontro de tambores (sexta), Cátia de França e Naldinho Freire (sábado) e Mestre Vieira com a guitarrada paraense (domingo).
Fruto de uma parceria entre o Centro de Artes da Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Fundação Nacional de Artes (Funarte), o projeto Territórios da Arte chega à UFF para a sua conclusão. Depois de percorrer as cidades de Cuiabá (MT), Florianópolis (SC), Belém (PA) e Recife (PE), ao “desembarcar” em Niterói, o Territórios da Arte se une ao Interculturalidades, que já virou uma tradição no calendário da cidade e do Centro de Artes UFF.
Brasil profundo - No Sudeste, o projeto propõe revisitar a cultura das quatro regiões pelas quais já passou. Alguns dos grupos estarão na universidade representando seus territórios, seja dentro dos debates, oficinas, apresentações de coletivos artísticos ou nos shows.
| Naldinho Freire |
Maristela Rangel, Diretora do Centro de Programas Integrados da Fundação Nacional de Artes (Funarte), diz que “o resultado do projeto já se mostra concretamente depois do percurso pelas regiões; assim, o Territórios da Arte dá voz aos representantes da cultura e da arte locais”.
“O Territórios da Arte / Interculturalidades procura trabalhar essa convergência de expressões das regiões brasileiras, desse Brasil que está aí, vivo e diverso em suas múltiplas regionalidades”, acrescenta Leonardo Guelman, Superintendente do Centro de Artes da UFF e gestor do projeto.
Na terça, às 9h30, a roda de conversa “Processos Colaborativos em Arte: Dinâmica dos Coletivos” reunirá os grupos da UFF escolhidos por edital para participar do Territórios da Arte. Na ocasião, será feita a chamada cartografia afetiva da região Sudeste, assim como a junção de suas perspectivas com os demais territórios. Candidataram-se 72 coletivos, dentre os quais 30 foram selecionados.
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| Cátia de França |
A produção do projeto abriu também outro edital para abarcar 75 expositores de Niterói e municípios vizinhos que tenham como mote a produção artesanal ou colaborativa, em segmentos como artes gráficas, decoração, moda, produtos naturais e alimentação. Eles participarão da Feira Interartes, nos dias 3, 4, 5, 6 e 8 de outubro.
As inscrições para as mesas, debates e oficinas podem ser feitas na página do Facebook (www.facebook.com/territoriosdaarte) ou na hora. Será conferido certificado aos participantes das mesas e oficinas.
Mais sobre o projeto - O método do projeto parte de prospecções no cenário cultural e artístico local, para promover rodas de conversas e a construção de um mapa colaborativo, que traduzirá a visão coletiva sobre o panorama da arte e da cultura em cada região. As rodas de conversas compõem-se de quatro eixos: o de experiências colaborativas em artesdiscute o papel dos artistas e coletivos na reconfiguração da cena artístico-cultural nos territórios; o de direitos culturais debate os direitos à cultura e da cultura; o eixo de guardiões de memória e políticas de salvaguarda trata da memória do ponto de vista das pessoas e também da preservação dos acervos; e, finalmente, o eixo arte de viver e viver da arte traduz o desafio colocado para artistas e produtores de viverem deste ofício.
Fonte: Renata Cunha


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