domingo, 25 de setembro de 2016

Documentários da China, Venezuela, Cabo Verde, Panamá e Brasil são os destaques da TV BRASIL (25 setembro a 02 de Outubro)

"Barra 68 - sem perder a ternura", documentário de Vladimir Carvalho, que narra a luta de Darcy Ribeiro para implantar a Universidade de Brasília e a ocupação militar do Campus em 1968, é um dos filmes da programação desta semana na TV BRASIL. 

Neste domingo (25), as sessões de filmes começam às 14h, com a comédia nacional "O Grande Xerife", protagonizada pelo humorista Amácio Mazzaropi. Às 19h, está programado  o drama "Embargo". A produção é inspirada na obra homônima do escritor português José Saramago. Já à meia-noite, estreia o longa venezuelano "Semeadores da Água". Em seguida, à 1h, o drama chinês "Flores do Amanhã" debate os conflitos entre a antiga e a nova China. 
 
Nesta segunda (26), às 23h10, estreia o documentário "Espelho de Prata" que mostra o trabalho de recuperação do acervo do Estúdio Foto Melo que conserva um século da memória fotográfica de Cabo Verde.
 
Nesta terça (27), às 22h10, a TV Brasil estreia o premiado longa "Barra 68 - sem perder a ternura", documentário sobre a luta de Darcy Ribeiro no início dos anos 1960 para criar e implantar a Universidade de Brasília
 
Nesta quarta (28), às 22h10, vai ao ar o filme "Esse amor que nos consome" que foi reconhecido no Festival de Brasília.
 
Já na quinta (29), às 22h10, a emissora exibe o premiado drama nacional "Filhas do Vento", de Joel Zito Araújo, produção que conquistou 8 kikitos no Festival de Gramado
 
Na sexta (30), às 22h10, o destaque é o premiado drama brasileiro "Narradores de Javé", com grande elenco.
 
No próximo sábado (1), às 12h30, o documentário "Bete do Peso" conta a trajetória da primeira levantadora de peso a defender o Brasil em uma edição dos Jogos Olímpicos. Ainda estão programados "Espelho de Prata", às 23h30, e "Semeadores de Água", às 4h.
 
Por fim, no domingo (2), às 14h, a TV Brasil apresenta a comédia "Um Caipira em Bariloche", realizada pelo saudoso humorista Amácio Mazzaropi. Às 19h, a atração é o clássico "São Bernardo", dirigido por Leon Hirszman, inspirado no livro homônimo de Graciliano Ramos
 
Ainda no domingo (2), à meia-noite, a emissora estreia o documentário panamenho "A felicidade do som". Logo depois, à 1h, entra em cartaz a trama japonesa "Um Paraíso Havaiano", baseada em uma história real.

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Domingo, 25 de setembro

O Grande Xerife
14h00, na TV Brasil

Ano de estreia: 1972. Gênero: comédia. Direção: Pio Zamuner, com Amácio Mazzaropi, Patricia Mayo, Paulo Bonelli, Tony Cardi, Augusto César Ribeiro.

Mazzaropi interpreta um viúvo pai de Mariazinha. Ele é o morador mais antigo de Vila do Céu onde vive cuidando da vida dos outros. Um dia, chega na cidade, disfarçado de padre, o bandidão João Bigode.

O maldoso mata o xerife e põe Poróroca em seu lugar. A confusão está armada e só o nosso Grande Xerife pode proteger a cidade.

Reprise. 95 min.
Classificação Indicativa: Livre
Horário: 14h00






Domingo, 25 de setembro

Embargo
19h00, na TV Brasil

País de origem: Brasil, Portugal e Espanha. Ano: 2010. Gênero: drama. Direção: Antônio Ferreira, com Filipe Costa, Cláudia Carvalho, Pedro Diogo, Fernando Taborda, José Raposo, Miguel Lança, Eloy Monteiro.

Nuno é um homem que trabalha numa roulotte de bifanas, mas que inventou uma máquina que promete revolucionar a indústria do calçado - um digitalizador de pés.

No meio de um embargo petrolífero e deparando-se com uma estranha dificuldade, Nuno tenta obstinadamente vender a máquina, obcecado por um sucesso que o fará descurar algumas das coisas essenciais da sua vida.

Quando Nuno fica estranhamente enclausurado no seu próprio carro e perde uma oportunidade única de finalmente produzir o seu invento, vê subitamente a sua vida embargada...

Dirigido por Antônio Ferreira, o filme é inspirado na obra homônima do escritor português José Saramago. O longa recebeu Menção Honrosa do Jurí Internacional no Fantasporto (Portugal).

Reprise. 80 min.
Classificação Indicativa: 10 anos
Horário: 19h00


Domingo, 25 de setembro (madrugada de domingo para segunda-feira)

Semeadores da Água
00h00, na TV Brasil

Título original: Sembradores de Agua. País de origem: Venezuela. Ano: 2016. Gênero: documentário. Direção: Mohamed Hussain.

Por meio de rituais ancestrais carregados de magia, o documentário “Semeadores da Água” mostra a luta de Ligia Parra para preservar a reserva das nascentes de água nos Andes venezuelanos. Ela é a metáfora de como a força da união comunal e da fé conseguem dar vida ao líquido vital.

Inédito. 54 min.
Classificação Indicativa: 18 anos
Horário: 00h00



Domingo, 25 de setembro (madrugada de domingo para segunda-feira)

Flores do Amanhã
01h00, na TV Brasil

Título original: Xiang ri Kui. País de origem: China. Ano: 2005. Gênero: drama. Direção: Yang Zhang, com Haiying Sun, Zhang Fan, Ge Gao, Wang Haidi.

A morte de Mao Tsé-Tung põe fim à tirania na China fazendo com que o pintor Gengnian (Haiying Sun) seja libertado de um campo de trabalho em 1976, ano do término da Revolução Cultural no país.

Sob tortura, Gengnian teve suas mãos deformadas e, após ser solto, retorna para sua família: a esposa Xiuqing (Joan Chen) e o filho de 9 anos, Xiangyang (Zhang Fan). O garoto, no entanto, não aceita a presença do pai e se recusa a reconhecê-lo.

Ao notar o desenvolvimento de seu talento para a pintura, herança de seu pai, Xiangyang permite que um explosivo destrua sua mão, na intenção de imitar o defeito de Gengnian e também acabar com o sonho dele de ver o filho seguindo sua carreira.

Ao discutir a difícil relação entre pai e filho, com várias passagens de tempo no decorrer da trama, o longa revela os conflitos entre a antiga e a nova China. A questão política, apesar disso, é apenas o pano de fundo para a história que se passa enquanto a sociedade chinesa passa por grandes transformações de valores.

O drama “Flores do Amanhã”, dirigido pelo cineasta chinês Yang Zhang, foi considerado o Melhor Filme no Festival de San Sebastian em 2005.

Reprise. 129 min.
Classificação Indicativa: 12 anos
Horário: 01h00


Segunda-feira, 26 de setembro

Espelho de Prata
23h10, na TV Brasil

País de origem: Cabo Verde. Ano: 2014. Gênero: documentário. Direção: Edson Silva Delgado, Diogo Bento e David Medina.

O documentário Espelho de Prata mostra o trabalho de rescaldo, tratamento, inventário e recuperação do acervo do Estúdio Foto Melo que conserva um século da memória fotográfica de Cabo Verde.

Certos de que a história não é só feita por quem lá se deixou fotografar, os diretores Diogo Bento, Edson Delgado e David Medina realizaram o filme que recorda e arquiva as memórias fotográficas de um período fundamental da história de Cabo Verde e de quem conviveu ou trabalhou no estúdio Foto Melo.

O estúdio fotográfico Foto Melo foi fundado em 1890 por João Henriques de Melo (Djindjon), homem da ilha do Fogo que se instalara no Mindelo oito anos antes. O filho, Eduardo Ernesto Trigo de Melo, o Papim, herdou e dirigiu a loja até 1992, quando fecharam as portas depois de mais de meio século de registro do cotidiano e das ocasiões especiais que ocorriam no arquipélago de Cabo Verde.

Desde então, ficaram empilhadas em caixas empoeiradas mais de 150.000 negativos, milhares de provas em papel e outro tanto de material fotográfico como tinas de revelação, iluminação ou câmaras fotográficas antigas.

Apenas no início de 2011, quase 20 anos depois, Diogo Bento conseguiu apoio e começou a organizar e conservar tão eclético e importante espólio. Durante seis meses, o arquiteto, paisagista de profissão e fotógrafo por paixão, reuniu e acondicionou o acervo da Foto Melo, com a ajuda de profissionais especializados, projeto que transformou em uma exposição chamada “Espelho de Prata”.

O documentário homônimo reúne diferentes depoimentos de pessoas que conheceram, trabalharam, ou simplesmente podem falar sobre a história e comentar a importância da Foto Melo e de seus proprietários para fazer um resgate da história da fotografia em Cabo Verde.

O filme conquistou o prêmio de melhor documentário nacional no Festival Internacional do Cinema da Praia - Plateau, de Cabo Verde.

Inédito. 48 min.
Classificação Indicativa: 18 anos
Horário: 23h10


Terça-feira, 27 de setembro

Barra 68 - sem perder a ternura
22h10, na TV Brasil

Ano: 2001. Gênero: documentário. Direção: Vladimir Carvalho. Narração: Othon Bastos. Entrevistados: Oscar Niemeyer, Roberto Salmeron, Jean-Claude Bernardet, Ana Miranda, Marcos Santilli, Cacá Diegues, José Carlos de Almeida Azevedo.

O documentário “Barra 68 - sem perder a ternura” mostra a luta de Darcy Ribeiro no início dos anos 1960 para criar e implantar a Universidade de Brasília.

A produção também resgata as repetidas agressões sofridas pela UnB, desde o golpe de 1964 até os acontecimentos de 1968, quando tropas militares ocuparam o campus, prendendo e atirando nos estudantes, sendo que 500 deles foram presos numa quadra de esportes. A crise culmina no Ato Institucional nº 5, o AI-5, que fechou o Congresso Nacional.

O filme narrado por Othon Bastos, conta com depoimentos de Oscar Niemeyer, Roberto Salmeron, Jean-Claude Bernardet, Ana Miranda, Marcos Santilli, Cacá Diegues, José Carlos de Almeida Azevedo e familiares de Honestino Guimarães.

Dirigido por Vladimir Carvalho, o longa foi premiado nos festivais de Brasília, Fortaleza e Recife. A produção também foi selecionada nos festivais internacionais de São Paulo, Havana e Friburg (Suiça).

Inédito. 82 min.
Classificação Indicativa: 12 anos
Horário: 22h10


Quarta-feira, 28 de setembro

Esse amor que nos consome
22h10, na TV Brasil

Ano: 2012. Gênero: ficção/documentário. Direção: Allan Ribeiro, com Gatto Larsen, Rubens Barbot.

Gatto Larsen e Rubens Barbot são companheiros de vida há mais de 40 anos e acabam de se instalar em um casarão abandonado no Centro do Rio de Janeiro. Ali, eles passam a viver e ensaiar com sua companhia de dança. A luta do dia a dia se mistura à criação artística e à crença em seus orixás. Através da dança eles se espalham pela cidade, marcando seus territórios.

A produção “Esse amor que nos consome” é um filme híbrido, que mistura as linguagens de ficção e documentário. O elenco é formado por integrantes da Companhia Rubens Barbot, o mais antigo grupo afro-brasileiro de dança contemporânea. Os protagonistas do longa são o diretor argentino Gatto Larsen e o coreógrafo brasileiro Rubens Barbot que interpretam os papéis de suas próprias vidas, atuando em suas locações reais.

O filme se inicia a partir do momento crucial em que eles se mudam para um casarão abandonado na Praça da Cruz Vermelha. Lá, eles ensaiam e acreditam que com a fé nos seus Orixás para continuar no espaço que está à venda. Graças à persistência criativa, que dribla a constante falta de recursos, eles conseguem levar adiante a sua arte. A luta do dia a dia, a dança, a religiosidade, o companheirismo, as questões raciais e urbanas são temas abordados na produção.

Dirigido por Allan Ribeiro, o longa “Esse amor que nos consome” conquistou os prêmios de Melhor Montagem e Melhor Direção de Arte no Festival de Brasília, Melhor Filme (júri jovem) no Panorama Internacional Coisa de Cinema de Salvador e Melhor Longa Metragem no Festival Vitória Cine Vídeo.

Reprise. 80 min.
Classificação Indicativa: 12 anos
Horário: 22h10


Quinta-feira, 29 de setembro

Filhas do Vento
22h10, na TV Brasil

Ano: 2005. Gênero: drama. Direção: Joel Zito Araújo, com Milton Gonçalves, Ruth De Souza, Léa Garcia, Taís Araújo, Maria Ceiça, Danielle Ornellas, Thalma de Freitas, Rocco Pitanga, Zózimo Bulbul, Cida Moreno, Jonas Bloch, Mônica Freitas, Beatriz Almeida, Vitória Viana.

Filhas do Vento” é uma trama de redenção entre quatro mulheres negras, que em um dia especial de suas vidas vão desenterrar e revolver suas histórias para restabelecer o amor maternal e fraternal, sem barreiras de raça e credo, existente entre irmãs e filhas de qualquer parte do mundo.

Um incidente familiar separou duas irmãs por cerca de 45 anos. A natureza de cada uma delas, e a distância, levou as duas a caminhos bem diferentes. A morte do pai faz com que se reencontrem em uma fase definitiva de suas vidas, aflorando e cobrando resoluções para todos os sentimentos e histórias deixados no passado.

As irmãs Cida (Ruth de Souza) e Jú (Léa Garcia) estão separadas por quase 45 anos. O tempo não conseguiu dissipar o rancor provocado pelo incidente amoroso e familiar que marcou a juventude e a vida das duas. Com a morte do pai, Zé das Bicicletas (Milton Gonçalves), que havia expulsado Cida de casa, elas voltam a se encontrar.

As duas irmãs construíram vidas completamente diferentes. Cida tornou-se uma mulher solitária. Fez carreira de atriz atuando em cinema e em telenovela, mas, apesar do talento, não teve o reconhecimento merecido. Ela tem uma filha, Selminha (Maria Ceiça), fruto do seu grande amor com um companheiro de cinema dos tempos de juventude. Mãe e filha também nunca conseguiram se entender. O coração de ambas é um campo secreto e cheio de ressentimentos.

Selminha teve uma adolescência também solitária e tumultuada. A mãe nunca perdoou o seu pai, que hoje é casado com uma mulher branca. O desconhecimento do nome do pai, dificultado pelos ressentimentos da mãe, deixou marcas profundas. Selminha sempre teve dificuldades de aceitar as razões da mãe. Embora partilhem a mesma casa e a mesma solidão, vivem em mundos diferentes. A insegurança e os conflitos com sua mãe levaram Selminha a provocar um aborto: a mãe nunca aceitaria um neto fruto de um amor proibido.

Maria D’Ajuda (Lea Garcia), conhecida por todos como Jú, é uma mãezona. Nunca saiu do interior. Cuidou do pai, Zé das Bicicletas, até a morte. Parece ter nascido para amar e cuidar dos outros, mas nunca conseguiu desenvolver nenhuma identidade profissional – o inverso da irmã atriz. Casou-se uma vez e depois teve vários filhos de companheiros diferentes. Sua família é uma típica família brasileira do interior, cheia de filhos, sobrinhos, netos e agregados. No entanto, uma de suas filhas, Dorinha (Danielle Ornellas), a que mais admira pela persistência profissional e talento artístico, é a única que despreza o amor de Jú, sua mãe.

Inconformada, Dorinha rejeita o modo de vida de sua mãe e vai para o Rio de Janeiro no final da juventude. Sonha em fazer a mesma carreira artística da tia Cida, a quem admira e até, secretamente, deseja que seja sua verdadeira mãe. No entanto, desde que veio para o Rio de Janeiro, não conseguiu nada de importante na TV ou no cinema. Sobrevive da sua poesia, das peças de teatro que participa e da ajuda da Tia.

Depois de 45 anos, o pai, Zé das Bicicletas, falece vítima de um enfarto. Maria D’Ajuda aguarda, apreensiva, as duas chegadas. A da irmã, com os sentimentos mútuos e conflitantes de admiração, inveja e ressentimento, e a da filha, que tanto ama e admira, sem ser correspondida. Todas sabem que inevitavelmente na cerimônia de partida do pai/avô um outro cadáver será desenterrado, e um novo sepultamento precisa acontecer.

Primeiro filme de ficção do diretor Joel Zito Araújo, o drama “Filhas do Vento” foi muito premiado. O longa foi reconhecido com 8 kikitos em 6 categorias no Festival de Gramado: Melhor Filme da Crítica, Melhor Diretor (Joel Zito Araújo), Melhor Ator (Milton Gonçalves), Melhor Atriz (Ruth de Souza e Lea Garcia), Melhor Ator Coadjuvante (Rocco Pitanga) e Melhor Atriz Coadjuvante (Tais Araújo e Thalma de Freitas). A produção ainda foi escolhida Melhor Filme pelo Júri Popular na Mostra de Tiradentes. Já no Paratycine, o longa recebeu o prêmio na categoria Melhor Roteiro.

Reprise. 85 min.
Classificação Indicativa: 14 anos
Horário: 22h10


Sexta-feira, 30 de setembro

Narradores de Javé
22h10, na TV Brasil

Ano: 2003. Gênero: drama. Direção: Eliane Caffé, com José Dumont, Nelson Xavier, Matheus Nachtergaele, Rui Rezende, Gero Camilo, Luci Pereira, Silvia Leblon, Nelson Dantas, Orlando Vieira, Roger Avanzi, Alessandro Azevedo, Mário César Camargo, Benê Silva, Maurício Tizumba, Henrique Lisboa, Maria Dalva Ladeia, Altair Lima.

Os moradores de Javé, povoado ameaçado de extinção, unem-se para reconstruir sua história com testemunhos da memória oral. Eles o fazem com muito humor e picardia, ora com grandeza épica, ora com deboche. O presepeiro Antônio Biá (José Dumont) faz as vezes de um Homero sertanejo.

Nada mudaria a rotina do pequeno vilarejo de Javé não fosse a ameaça repentina de sua extinção: Javé deverá desaparecer inundado pelas águas de uma nova hidrelétrica. Diante da terrível notícia, a comunidade decide ir à luta.

A população coloca em prática estratégia inusitada e original: escrever dossiê que documente os "grandes" e "nobres" feitos da história do povoado e assim justificar sua preservação. Se até hoje ninguém preocupou-se em escrever a verdadeira história de Javé, tal tarefa será executada pelos próprios habitantes.

Como os moradores do vilarejo são bons contadores de histórias, mas mal sabem escrever o próprio nome, faz-se necessário conseguir escrivão à altura do empreendimento. É designado, então, Antônio Biá, personagem anárquico, de caráter duvidoso, porém o único no povoado capaz de escrever com fluência.

Apesar de polêmico, ele terá a permissão de todos para ouvir e registrar os relatos mais importantes. Tarefa difícil, pois nem sempre os habitantes concordam sobre qual, dentre todas as versões, deverá prevalecer na memória do povoado.

Na construção deste dossiê, inicia-se duelo poético entre os contadores que disputam com suas histórias – muitas vezes fantásticas e lendárias – o direito de permanecer no patrimônio de Javé.

Dirigido por Eliane Caffé, o drama nacional “Narradores de Javé” conquistou diversos prêmios em festivais no Brasil e no exterior. O longa recebeu sete troféus Calunga no Cine PE nas categorias Melhor filme, Melhor ator (José Dumont), Melhor atriz coadjuvante (Luci Pereira), Melhor ator coadjuvante (Gero Camilo), Melhor montagem (Daniel Rezende), Melhor som (Miriam Biderman) e Melhor direção (Eliane Caffé). O drama também levou o Prêmio Gilberto Freyre, atribuído pela Fundação Gilberto Freyre, do Recife.

Já no Festival do Rio, a produção foi reconhecida em três categorias: Melhor filme pelo Júri Oficial, Melhor filme pelo Júri Popular e Melhor ator (José Dumont). No Festival de Bruxelas, “Narradores de Javé” foi o vencedor do Prêmios de Melhor filme e Roteiro. Já no Festival de Fribourg (Suíça), o longa conquistou o Prêmio da Crítica. O longa participou da seleção oficial do Festival de Roterdã (Holanda).

Reprise. 100 min.
Classificação Indicativa: Livre
Horário: 22h10


Sábado, 1 de outubro

Bete do Peso
12h30, na TV Brasil

Ano de estreia: 2013. Gênero: documentário. Direção: Kiko Mollica.

Maria Elisabete Jorge, conhecida como "Bete do Peso", foi a primeira levantadora de peso a defender o Brasil em uma edição das Olimpíadas. Esse esporte, presente nos Jogos Olímpicos desde o início das competições na Era Moderna, só incluiu a participação feminina em 2000.

O documentário dirigido por Kiko Mollica busca divulgar essa modalidade pouco reconhecida no país e resgatar a história dessa brasileira de origem humilde. A atleta chegou a Sydney aos 43 anos de idade e utilizou o esporte para ultrapassar fronteiras sociais.

Reprise. 26 min.
Classificação Indicativa: Livre
Horário: 12h30


Sábado, 1 de outubro

Espelho de Prata
23h30, na TV Brasil

País de origem: Cabo Verde. Ano: 2014. Gênero: documentário. Direção: Edson Silva Delgado, Diogo Bento e David Medina.

O documentário Espelho de Prata mostra o trabalho de rescaldo, tratamento, inventário e recuperação do acervo do Estúdio Foto Melo que conserva um século da memória fotográfica de Cabo Verde.

Certos de que a história não é só feita por quem lá se deixou fotografar, os diretores Diogo Bento, Edson Delgado e David Medina realizaram o filme que recorda e arquiva as memórias fotográficas de um período fundamental da história de Cabo Verde e de quem conviveu ou trabalhou no estúdio Foto Melo.

O estúdio fotográfico Foto Melo foi fundado em 1890 por João Henriques de Melo (Djindjon), homem da ilha do Fogo que se instalara no Mindelo oito anos antes. O filho, Eduardo Ernesto Trigo de Melo, o Papim, herdou e dirigiu a loja até 1992, quando fecharam as portas depois de mais de meio século de registro do cotidiano e das ocasiões especiais que ocorriam no arquipélago de Cabo Verde.

Desde então, ficaram empilhadas em caixas empoeiradas mais de 150.000 negativos, milhares de provas em papel e outro tanto de material fotográfico como tinas de revelação, iluminação ou câmaras fotográficas antigas.

Apenas no início de 2011, quase 20 anos depois, Diogo Bento conseguiu apoio e começou a organizar e conservar tão eclético e importante espólio. Durante seis meses, o arquiteto, paisagista de profissão e fotógrafo por paixão, reuniu e acondicionou o acervo da Foto Melo, com a ajuda de profissionais especializados, projeto que transformou em uma exposição chamada “Espelho de Prata”.

O documentário homônimo reúne diferentes depoimentos de pessoas que conheceram, trabalharam, ou simplesmente podem falar sobre a história e comentar a importância da Foto Melo e de seus proprietários para fazer um resgate da história da fotografia em Cabo Verde.

O filme conquistou o prêmio de melhor documentário nacional no Festival Internacional do Cinema da Praia - Plateau, de Cabo Verde.

Reprise. 48 min.
Classificação Indicativa: 18 anos
Horário: 23h30


Sábado, 1 de outubro (madrugada de sábado para domingo)

Semeadores da Água
04h00, na TV Brasil

Título original: Sembradores de Agua. País de origem: Venezuela. Ano: 2016. Gênero: documentário. Direção: Mohamed Hussain.

Por meio de rituais ancestrais carregados de magia, o documentário “Semeadores da Água” mostra a luta de Ligia Parra para preservar a reserva das nascentes de água nos Andes venezuelanos. Ela é a metáfora de como a força da união comunal e da fé conseguem dar vida ao líquido vital.

Reprise. 54 min.
Classificação Indicativa: 18 anos
Horário: 04h00




Domingo, 2 de outubro

Um caipira em Bariloche
14h00, na TV Brasil

Ano de estreia: 1973. Gênero: comédia. Direção: Pio Zamuner e Amácio Mazzaropi, com Amácio Mazzaropi, Geny Prado, Beatriz Bonnet, Ivan Mesquista, Carlos Valone.

Polidoro, um fazendeiro ingênuo cai na conversa do genro e vende suas terras para um vigarista que engana a todos, inclusive sua própria esposa, uma argentina honesta e desiludida com o amor.

Por pura armação, os dois acabam indo parar em Bariloche e lá na neve, em meio a confusões e gargalhadas, o caipira começa a juntar os fatos e retorna para desmascarar os vilões.

A comédia promete muitas risadas e momentos de diversão, intriga e suspense para a plateia. O longa “Um caipira em Bariloche” foi uma das maiores bilheterias de toda a carreira do saudoso humorista Amácio Mazzaropi.

Reprise. 100 min.
Classificação Indicativa: Livre
Horário: 14h00


Domingo, 2 de outubro

São Bernardo
19h00, na TV Brasil

Ano: 1972. Gênero: drama. Direção: Leon Hirszman, com Othon Bastos, Isabel Ribeiro, Vanda Lacerda, Nildo Parente, Mário Lago, Josef Guerreiro, Rodolfo Arena, Jofre Soares, José Labanca, José Policena, Andrey Salvador.

Determinado a ascender socialmente, Paulo Honório é um sertanejo de origem humilde que faz fortuna como caixeiro-viajante e agiota. Numa manobra financeira, assume a decadente propriedade São Bernardo, fazenda tradicional do município de Viçosa, Alagoas.

Ele recupera a fazenda, expande a sua cultura, introduz máquinas para tratamento do algodão, entra na sociedade local. Desejando um herdeiro para um dia assumir o fruto da acumulação do capital, estabelece um contrato de casamento com a professora da cidade, Madalena.

O casamento se consuma, mas gradativamente as diferenças entre eles se acentuam. Paulo Honório é brutal no trato com os empregados, cujo trabalho explora impiedosamente; Madalena tem consciência social e se solidariza com os oprimidos.

O fazendeiro torna-se paranoico e passa a imaginar que a mulher o trai. Persegue-a em busca de provas da traição. Madalena não suporta a pressão e se suicida. Paulo Honório penosamente tenta assumir a consciência de seus atos.

Inspirado no livro homônimo de Graciliano Ramos, o drama "São Bernardo", dirigido por Leon Hirszman, foi premiado em vários festivais de cinema. O filme conquistou o prêmio de Melhor Adaptação Literária da Embrafilme. O longa também foi reconhecido com a Margarida de Prata pela CNBB.

O drama ainda conquistou o Prêmio Air France nas categorias Melhor Filme Nacional, Melhor Diretor (Leon Hirszman), Melhor Atriz (Isabel Ribeiro) e Melhor Ator (Othon Bastos). São Bernardo ainda recebeu o Prêmio INC nas categorias troféu "Coruja de Ouro" de Melhor Direção (Leon Hirszman), Prêmio Adicional de Qualidade, Melhor Atriz Coadjuvante (Vanda Lacerda) e Melhor Cenógrafo e Figurinista (Luís Carlos Ripper)

No Festival de Gramado, o longa foi reconhecido nas categorias Melhor Fotografia (Lauro Escorel) e Melhor Ator (Othon Bastos). O filme ainda recebeu o Prêmio APCA nas categorias Melhor Diretor (Leon Hirszman), Melhor Roteiro, Melhor Atriz (Isabel Ribeiro), Melhor Figurinista (Luís Carlos Ripper) e Melhor Ator Coadjuvante (Nildo Parente).

O drama "São Bernardo" também participou da Quinzena de Realizadores do Festival de Cannes, do FilmForum de Berlim e do Festival de Pesaro (Itália).

Reprise. 111 min.
Classificação Indicativa: 10 anos
Horário: 19h00


Domingo, 2 de outubro (madrugada de domingo para segunda-feira)

A felicidade do som
00h00, na TV Brasil

Título original: La felicidad del sonido. País de origem: Panamá. Ano: 2016. Gênero: documentário. Direção: Ana Endara Mislov.

O documentário panamenho “A felicidade do som” traça um mapa sonoro imaginário de três personagens: Eduardo Irving, um bombeiro que nunca teve que apagar um incêndio; Mir Rodriguez, operador de rádio numa embarcação de Greenpeace; e Carmen Magdalena, cega de nascimento.

Dirigido por Ana Endara Mislov, o longa panamenho acompanha essa rota estabelecida pelos sons na vidad dos personagens em seus caminhos de esperanças, solidão e silêncios.

Inédito. 54 min.
Classificação Indicativa: 18 anos
Horário: 00h00



Domingo, 2 de outubro (madrugada de domingo para segunda-feira)

Um Paraíso Havaiano
01h00, na TV Brasil

Título original: Hura Garu. País de origem: Japão. Ano: 2006. Gênero: comédia/drama. Direção: Sang il-Lee com Yasuko Matsuyuki, Etsushi Toyokawa, Yu Aoi, Shizuyo Yamazaki, Ittoku Kishibe, Sumiko Fuji.

Baseado em uma história real, o filme “Um Paraíso Havaiano” se passa em 1965, em uma cidade pequena no norte do Japão na época em que o país começava a substituir o carvão pelo petróleo.

A trama mostra como uma comunidade tradicional, com a derrocada de sua economia baseada na mineração de carvão, se aventura na construção de um centro de entretenimento havaiano.

Apesar da ideia de desenvolver o primeiro vilarejo havaiano do Japão, ninguém na cidade sabe dançar, muito menos o hula... O ceticismo e o conservadorismo dos moradores locais são vencidos gradualmente assim que suas filhas se encantam por uma talentosa e determinada instrutora de dança vinda de Tóquio.

Dirigido por Sang il-Lee, o drama ganhou o prêmio de melhor filme pela Academia de Cinema Japonesa em 2006 e foi o longa indicado para concorrer ao Oscar pelo Japão em 2007.

Reprise. 121 min.
Classificação Indicativa: 12 anos
Horário: 01h00

FONTE:
Fernando Chaves
Coordenador de Comunicação
Gerência de Comunicação
Empresa Brasil de Comunicação | TV Brasil | Rádios Nacional e MEC

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