A estreia de "Sinfonia de um homem comum" foi adiada e está prevista para o início de 2023. Opremiado documentário dirigido por José Joffily narra a história do diplomata José Mauricio Bustani, primeiro diretor-geral da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), entre 1997 e 2002, que tentou impedir a invasão ao Iraque pelos Estados Unidos, durante o governo de George W. Bush, e acabou demitido por pressão dos americanos. Nos próximos dias, o diretor embarca para a Holanda, para o 35º Festival Internacional de Documentários de Amsterdã, o IDFA, mais importante festival de documentários do mundo, que ocorre entre os dias 9 e 20 de novembro, para competir na categoria Frontlight com o doc, que já passou este ano pela 27ª edição do brasileiro É Tudo Verdade, onde recebeu menção honrosa, e para o HotDocs, no Canadá, principal festival de documentários da América do Norte. Entre os depoimentos apresentados no longa-metragem estão os dos ex-presidentes do Brasil Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva e dos diplomatas Celso Amorim, Richard Boucher e John Holmes.O filme é produzido pela Coevos Filmes em coprodução com Globo Filmes, GloboNews e Canal Brasil e distribuído pela Bretz Filmes.
MARTE UM, de Gabriel Martins, estreia nos cinemas nesta quinta-feira, dia 25 de agosto, nas cidades de Belo Horizonte, Contagem, Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Palmas, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Rio Branco, Goiânia, Salvador, Vitória, Aracaju, João Pessoa, Manaus, Niterói, Afogados da Ingazeira, Balneário Camboriú e Ribeirão Preto.
O filme teve sua estreia mundial no Festival de Sundance, em janeiro passado e sua primeira sessão no Brasil aconteceu no Festival de Gramado, sendo premiado como Melhor Filme pelo Juri Popular, Melhor Roteiro, Melhor Trilha Musical e Prêmio Especial do Júri. Ainda foi exibido em 35 festivais internacionais, ganhando prêmios de melhor longa no OutFest, no Black Star e no San Francisco Film Festival. MARTE UM chega aos cinemas a partir de 25 de agosto, com distribuição da Embaúba Filmes.
A produção é assinada pela Filmes de Plástico, e é coproduzido pelo Canal Brasil, MARTE UM irá disputar a vaga para representar o Brasil no Oscar, na categoria Melhor Filme em Língua Estrangeira. A escolha é feita por uma comissão organizada pela Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais, e a previsão do anúncio do longa escolhido é para 9 de setembro.
MARTE UM é o segundo longa do cineasta (o primeiro solo, sem a parceria de Maurilio Martins, com quem fez “No coração do mundo”), e tem, como um de seus temas centrais, a realização de um sonho infantil.
O filme traz o cotidiano de uma família periférica, nos últimos meses de 2018, pouco depois das eleições presidenciais. O garoto Deivid (Cícero Lucas), o caçula da família Martins, sonha em ser astrofísico, e participar de uma missão que em 2030 irá colonizar o planeta vermelho. Morando na periferia de um grande centro urbano, não há muitas chances para isso, mas mesmo assim, ele não desiste. Passa horas assistindo vídeos e palestras sobre astronomia na internet.
O pai, Wellington (Carlos Francisco, de “Bacurau”, e da Companhia do Latão de teatro), é porteiro em um prédio de elite, e há um bom tempo está sem beber, uma informação que compartilha com orgulho em sessões do AA. Tércia (Rejane Faria, da série “Segunda Chamada”) é a matriarca que, depois um incidente envolvendo uma pegadinha de televisão, acredita que está sofrendo de uma maldição. Por fim, a filha mais velha é Eunice (Camilla Damião), que pretende se mudar para um apartamento com sua namorada (Ana Hilário), mas não tem coragem de contar aos pais.
“O filme foi desenvolvido entre 2015 e 2018, um período de muitas mudanças abruptas nos campos social e político do país. Vários movimentos nos fizeram confrontar com o que pensávamos sobe raça, gênero, economia e muitos aspectos da sociedade. Produzimos o filme graças a um fundo para diretores negros, e isso sempre me trouxe um senso de responsabilidade muito grande, com honestidade e compreensão de que esse filme pode ser uma forte representação de uma cultura da qual faço parte.”
Produtor do filme, Thiago Macêdo Correia, da Filmes de Plástico, lembra que Gabriel o procurou com a ideia para MARTE UM quando o país ainda estava sob o comando de Dilma Rousseff, um período de prosperidade, e incentivo e investimentos na cultura. “O filme foi produzido graças a um fundo público de 2016 voltado para diretores negros e narrativas de temática negra com o intuito de levar às telas cineastas de grupos minoritários. Obviamente, esse fundo não existe mais. Rodamos o longa em outubro de 2018, durante as eleições, o que acabou influenciando também a narrativa. Não tínhamos ideia do que viria depois.”
“Rodamos MARTE UM pouco depois da eleição de 2018, que mudou tudo no Brasil. Embora se passe num contexto político turbulento – sendo a eleição de Bolsonaro um ponto baixo para nós –, esse não é um filme que tenta chegar a um veredito sobre o estado político do país. Por outro lado, é inevitável que o público o interprete como um chamado para não nos deixarmos abater pelas agitações sociais que estamos enfrentando.”
Em sua estreia no Festival de Sundance, MARTE UM recebeu diversas críticas elogiosas. “É um filme sincero, e profundamente afetivo com seus personagens, [...] que procuram encontram um chão em comum, e compartilhar a esperança”, escreve Jessica Kiang, na Variety. “É um filme vívido, com atuações brilhantes [...] aumentando o escopo de representação da cultura preta brasileira”, comenta Jonathan Romney, na ScreenDaily.
MARTE UM é assinado pela produtora mineira Filmes de Plástico, fundada por Gabriel, Thiago, André Novais Oliveira e Maurilio Martins, em 2009, e que tem em sua filmografia longas premiados como “Temporada”, “Ela volta na quinta”, “No coração do mundo” e “Contagem”. Suas produções também foram destaque em festivais com Cannes, Roterdã, Brasília e Tiradentes.
MARTE UM será lançado no Brasil pela Embaúba Filmes.
Sinopse
Os Martins, família negra de classe média baixa, seguem a vida entre seus compromissos do dia-a-dia e seus desejos e expectativas, mesmo com a tensão de um governo conservador que acaba de assumir o poder no país. Em meio a esse cotidiano, Tércia cuida da casa enquanto passa por crises de angústia, Wellington quer ver o filho virar jogador de futebol profissional, Eunice tem um novo amor e o pequeno Deivinho sonha em colonizar Marte.
Ficha Técnica
Direção: Gabriel Martins
Roteiro: Gabriel Martins
Produção: André Novais Oliveira, Gabriel Martins, Maurilio Martins e Thiago Macêdo Correia
Elenco: Rejane Faria, Carlos Francisco, Camilla Damião, Cícero Lucas, Ana Hilário, Russo APR, Dircinha Macedo, Tokinho e Juan Pablo Sorrin
Direção de Fotografia: Leonardo Feliciano
Desenho de Produção: Rimenna Procópio
Figurino: Marina Sandim
Som: Tiago Bello e Marcos Lopes
Montagem: Gabriel Martins e Thiago Ricarte
Música: Daniel Simitan
Gênero: drama
País: Brasil
Ano: 2022
Duração: 114 min.
Bio Gabriel Martins
Gabriel Martins (22/12/1987) é cineasta, roteirista, montador e diretor de fotografia conhecido por seu trabalho na Filmes de Plástico, empresa que fundou em 2009 ao lado de André Novais Oliveira, Maurilio Martins e Thiago Macêdo Correia.
Seu primeiro filme, NO CORAÇÃO DO MUNDO, codirigido por Maurilio Martins, estreou na Tiger Competition do Festival de Roterdã em 2019, e depois foi exibido em diversos festivais, e lançado comercialmente em vários países, como a França, onde foi aclamado pela crítica.
Entre seu curtas estão NADA, exibido na Quinzena dos Realizadores de Cannes, em 2017, e DONA SÔNIA PEDIU UMA ARMA PARA SEU VIZINHO ALCIDES, exibido no Festival de Clermont-Ferrand. Ele também participou do programa especial de Roterdã “Soul in the Eye”, no qual ministrou uma masterclass.
Gabriel escreveu diversos filmes, como o sucesso ALEMÃO. MARTE UM é seu segundo longa, e primeira direção solo.
Sobre a Filmes de Plástico
Criada em 2009, a Filmes de Plástico é uma produtora mineira de Contagem, hoje sediada em Belo Horizonte, formada pelos diretores André Novais Oliveira, Gabriel Martins, Maurílio Martins e pelo produtor Thiago Macêdo Correia.
Juntos seus filmes já foram selecionados em mais de 200 festivais no Brasil e no mundo como a Quinzena dos Realizadores em Cannes, Festival de Cinema de Locarno, Festival de Rotterdam, FID Marseille, Indie Lisboa, BAFICI, Festival de Cartagena, Los Angeles Brazilian Film Festival, Festival de Cinema de Brasília e Mostra de Cinema de Tiradentes, ganhando mais de 50 prêmios.
Entre os próximos projetos da produtora estão além de Marte Um, O Último Episódio, dirigido por Maurilio Martins e E os meus Olhos ficam Sorrindo, dirigido por André Novais Oliveira.
Sobre o Canal Brasil
O Canal Brasil é, hoje, o canal responsável pela maior parte das parcerias entre TV e cinema do país e um dos maiores do mundo, com 365 longas-metragens coproduzidos. No ar há mais de duas décadas, apresenta uma programação composta por muitos discursos, que se traduzem em filmes dos mais importantes cineastas brasileiros, e de várias fases do nosso cinema, além de programas de entrevista e séries de ficção e documentais. O que pauta o canal é a diversidade e a palavra de ordem é liberdade – desde as chamadas e vinhetas até cada atração que vai ao ar.
Sobre a Embaúba Filmes
A Embaúba Filmes é uma distribuidora especializada em cinema brasileiro, criada em 2018 e sediada em Belo Horizonte. Seu objetivo é contribuir para a maior circulação de obras autorais brasileiras. Ela busca se diferenciar pela qualidade de seu catálogo, que já conta com mais de 30 títulos, em pouco mais de 4 anos de atuação, apostando em filmes de grande relevância cultural e política. A empresa atua também com a exibição de filmes pela internet, por meio da plataforma Embaúba Play, que exibe não apenas seus próprios lançamentos, como também obras de outras distribuidoras e contratadas diretamente com produtores, contando hoje com mais de 500 títulos em seu acervo, dentre curtas, médias e longas-metragens do cinema brasileiro contemporâneo.
O filme "A Música do Tempo - Do Sonho do Império ao Império do Sonho" estreia dia 17 de setembro (segunda-feira), às 20hs. A sessão tem entrada franca.
Como parte das celebrações dos 50 anos do Cine Arte UFF, será lançado ao grande público o primeiro documentário musical de longa-metragem inteiramente produzido e idealizado pela equipe do Centro de Artes UFF: A Música do Tempo - Do Sonho do Império ao Império do Sonho. A estreia, no dia 17 de setembro, às 20h, com entrada gratuita, acontece no Cine Arte UFF, que fica na Rua Miguel de Frias, 9, em Icaraí, Niterói.
Em seguida, a partir de 18 de setembro, o filme entra em cartaz , com uma sessão diária. A exibição exclusiva inaugura uma inédita conexão direta no Brasil em que o produtor também é o exibidor, no caso, o Centro de Artes UFF, e faz parte das comemorações dos 50 anos da sua sala de exibição de filmes, o Cine Arte UFF.
O documentário musical, com direção cinematográfica de João Velho e protagonizado pelo grupo Música Antiga da UFF, conta com o registro do concerto “O Sonho do Império e o Império do Sonho”. O programa do concerto tem como temática a mitologia em torno do Quinto Império e do Sebastianismo, desde suas origens na corte portuguesa, entre os Séculos XV e XVI, até o culto de Rei Sebastião na religião de Tambor de Mina, no Maranhão. O filme inclui depoimentos e imagens da visita do grupo ao cravista Roberto de Regina (construtor do primeiro cravo brasileiro e de um museu dedicado à arte barroca e renascentista).
A emoção, a memória da trajetória, e as novas perspectivas de futuro se misturam às cenas da apresentação do Música Antiga da UFF. O longa-metragem traz praticamente todas as músicas do repertório gravadas no Teatro da UFF, com direção de arte e concepção cênica do prestigiado cenógrafo Ronald Teixeira, além de cenas de bastidores da gravação do concerto e entrevistas com os componentes do conjunto.
Como resultado, o documentário oferece ao público a oportunidade de conhecer
melhor a sonoridade, os instrumentos e a linguagem do movimento de Música
Antiga, a partir de um repertório cuidadosamente pesquisado pelo grupo da UFF, e permite saber mais sobre a realidade da vida de músicos que trabalham nessa linha há mais de 30 anos, no auge da maturidade artística de suas carreiras.
Serviço:
Dia 17 de setembro de 2018 – segunda-feira – 20h
Entrada franca, mediante distribuição de senhas uma hora antes
Cine Arte UFF
Rua Miguel de Frias 9, Icaraí, Niterói - RJ
Duração: 97 min
Ano de produção: 2017
Classificação indicativa: Livre
Uma produção do Centro de Artes UFF - Universidade Federal Fluminense
Ficha técnica:
Direção e Montagem: João Velho
Produção executiva: Leonardo Guelman
Direção de Arte e Direção Cênica: Ronald Teixeira
Direção Musical : Deivison Branco
Edição e montagem: Daniel Planel
Direção de produção: Laís Diel
Direção de fotografia: Whelby Dias, Pablo Rossi e Artur Bravo
Edição de Som e Mixagem do concerto: Alexandre Hang
Edição de Som e Mixagem Final: BenHur Machado
Colorista: Paulo M. de Andrade
Formação do Música Antiga da UFF:
Leandro Mendes – flauta, krumhorn, charamela
Lenora Pinto Mendes – flauta, viola da gamba, krumhorn, rauschpfeife
Mario Orlando – flauta, viola da gamba, percussão
Márcio Paes Selles – flauta, viola da gamba, krumhorn
Virgínia Van der Linden – flauta transversa, charamela, percussão e rauschpfeife
Sinopse: Documentário protagonizado pelo Conjunto Música Antiga da UFF, que há mais de três décadas se dedica à pesquisa e difusão da música medieval, renascentista e barroca . O fio condutor são os mitos em torno do Quinto Império e do Sebastianismo, desde suas origens na corte portuguesa, nos séculos XV e XVI, até o culto ao Rei Sebastião na religião afro-maranhense Tambor de Mina, encontrada principalmente no Maranhão. Primeiro documentário musical de longa-metragem produzido e idealizado pela equipe do Centro de Artes UFF, com direção cinematográfica de João Velho.
Longa estrelado por Gael García Bernal e Nahuel Perez Biscayart tem lançamento exclusivo no Sofa Digital
Dirigido pela cineasta francesa Joan Chemla (Dr. Nazi, 2011; L`homme à la cerveille d'or, 2012), Se você soubesse (Si tu voyer son couer) é o primeiro longa de sua carreira. Inspirado no romance "Mon Ange", do escritor cubano Guillermo Rosales (1946-1993), o filme narra a história de Daniel (Gael Garcia Bernal), um integrante de uma comunidade hispânica de ciganos, discriminados e excluídos pela sociedade europeia, que tenta sobreviver na França.
Daniel (Bernal) e seu amigo Costel (Nahuel Perez Biscayart) vivem num acampamento no subúrbio dos arredores de Paris. A falta de oportunidades de emprego faz com que os dois acabem se envolvendo em pequenas ações criminosas. Tudo vai bem até que um infortúnio muda o destino de ambos. É quando Daniel conhece a bela Francine (Marine Vacth).
De acordo com a diretora, Daniel é um indivíduo duplamente exilado, já que também é excluído de sua comunidade original. Para transmitir ao espectador a condição do personagem, a cineasta utilizou recursos estéticos com uma dose de lirismo. "Sempre que vou filmar à margem da sociedade, explorando tópicos político-sociais, existe uma tendência de filmá-lo com câmera na mão para enfatizar uma escuridão e semear tudo isso. Eu não me identifico com essa abordagem e acho isso óbvio demais. Do contrário, eu quis usar uma estética mais solta, onde eu pudesse contrastar de muito escuro para muito brilhante" (*).
O romance "Mon Ange" de Guillermo Rosales é uma obra quase autobiográfica. Refugiado cubano nos Estados Unidos, o jornalista chega a Miami em 1979. Sofrendo de esquizofrenia, desiludido e desajustado, Guillermo termina sendo excluído por sua própria família. Foi vencedor do prestigiado concurso "Letra de Oros" (1987), julgado pelo poeta mexicano e prêmio Nobel de literatura, Octávio Paz. Em crise, o jornalista e escritor destrói a maioria de suas obras e comete suicídio em 1993, aos 47 anos. Apenas dois romances sobreviveram: El Juego de la viola (1967) e Boarding Home (1987), traduzido para o francês como Mon Ange.
Para escrever o roteiro cinematográfico, Joan Chemla contou com a consultoria do jornalista investigativo Jérôme Pierrat, que realizou uma pesquisa sobre a história e a cultura do povo cigano, o sincretismo que vem da Espanha, Argélia e França. Se você soubesse (Si tu voyer son couer) foi indicado ao prêmio de plataforma no Festival Internacional de Cinema de Toronto (2017) e Joan Chemla venceu na categoria melhor diretora no Festival Internacional de Cinema de Varsóvia (2017). O lançamento em streaming, com legendas em português, pode ser conferido a partir do dia 3 de maio de 2018, nas plataformas digitais. Confira a crítica do filme clicando no link do site Cabine de Cinema
Elisabete Estumano Freire.
Serviço
Se Você Soubesse Disponível a partir do dia 03 de maio
Ex-Pajé, escrito e dirigido por Luiz Bolognesi (Uma História de Amor e Fúria), estreia nesta quinta, 26 de abril, no Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Brasília. O longa venceu o prêmio da crítica Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema) de melhor Documentário de longa ou média-metragem da Competição Brasileira do Festival É Tudo Verdade. Em fevereiro deste ano, recebeu o prêmio especial do Júri Oficial de Documentários da Mostra Panorama, no Festival de Berlim. A produção Buriti Filmes e Gullane, que também assina a distribuição.
O longa mostra o drama contemporâneo dos povos indígenas a partir da história de Perpera, um índio Paiter Suruí que viveu até os 20 anos num grupo isolado na floresta onde se tornou pajé. Após o contato com os brancos, um pastor evangélico afirma que os atos e saberes do pajé são coisas do Diabo e Perpera passa a viver um conflito interno. Apesar de se dizer evangélico e se definir como ex-pajé, continua tendo visões dos espíritos da floresta.
SINOPSE:
Até o contato do povo Paiter Suruí com os brancos, em 1969, Perpera era um pajé poderoso. Após chegada dos brancos, um pastor evangélico afirma que pajelança é coisa do diabo e Perpera perde seu papel na tribo, passando a viver com medo dos espíritos da floresta. Mas quando a morte ronda a aldeia, o poder de falar com os espíritos pode novamente ser necessário.