terça-feira, 12 de janeiro de 2021

Documentário 'Atravessa a Vida', de João Jardim, estreia dia 14 de janeiro nos cinemas

 


Atravessa a vida”, novo documentário de João Jardim (“Getúlio”, “Janela da Alma”) estreia dia 14 de janeiro nos cinemas. O filme acompanha o cotidiano de uma turma do 3º ano, no interior do Sergipe, que se prepara para o Exame Nacional do Ensino Médio. O ENEM de 2021 terá início dia 17 de janeiro. O longa é uma produção da Copacabana Filmes e Fogo Azul Filmes, em coprodução com Globo Filmes, GloboNews e Canal Curta!. filme teve sua estreia mundial no 25º Festival É Tudo Verdade. 

 

O documentário mergulha no universo escolar e adolescente dos jovens de Simão Dias, cidade de 40 mil habitantes no interior sergipano. O Centro de Excelência Dr. Milton Dortas, escola com cerca de mil alunos, representa um recorte das dificuldades na educação brasileira. Enquanto buscam o sonho de garantir um ensino superior gratuito, os alunos refletem temas urgentes - dentro e fora de sala de aula - como futuro, depressão, aborto, pena de morte e Ditadura Militar.  

 


Atravessa a vida partiu de uma vontade de entender este momento de saída da escola na vida do adolescente, como as coisas acontecem, são sentidas e vivenciadas. Interesse em entender quem são estes alunos que hoje dependem do Enem para fazer a vida seguir. No filme estão representados alguns alunos com potencial, que podem ir muito longe, e ficam claras as dificuldades que encontram. Alguns aspectos particulares dessa escola infelizmente estão presentes se olharmos de um ponto de vista geral para o Brasil. Temos somente três entrevistas no filme e em todas a ausência do pai na família é um tema abordado. Além disso, os obstáculos que alunos e professores enfrentam não estão restritos somente a esse colégio”, analisa o diretor João Jardim. 

 


O filme traz referências ao longa "High School", de Frederick Wiseman. Este é o segundo trabalho de João Jardim a abordar o tema. “Pro Dia Nascer Feliz” (2006) trazia histórias de estudantes de Estados e classes sociais distintas sobre medos e anseios da vida escolar. O filme alcançou mais de 50 mil espectadores nos cinemas e conquistou diversos prêmios, incluindo Melhor Documentário na Mostra de São Paulo. Jardim também é diretor dos premiados “Janela da Alma”, “Amor?”, “Getúlio”, e codiretor do documentário indicado ao Oscar “Lixo Extraordinário”.   



  Sinopse:  

Enquanto alunos do 3º ano do ensino público no interior do Sergipe se preparam para a prova que pode determinar o resto de suas vidas, o documentário retrata as angústias e os prazeres da adolescência através de seus gestos, inquietações e conquistas.  

  

Personagens:  

Daniela Silva (diretora da escola)  

David Andrade  

Flávia de Jesus  

Lívia Costa  

Vitoria Mirelle  

Ramon dos Santos  

Rayssa Rodrigues   

Isolda Laís   

  


Ficha Técnica:  

Diretor e Produtor: João Jardim  

Diretora de Produção e Produtora ExecutivaGabriela Weeks  

Assistente de produção: Fernanda CuriÉrika Saldanha  ]

Estagiária de Produção ExecutivaThayná Ivo  

Pesquisadora e Assistente de Direção: Carol Gonçalves  

Diretor de FotografiaDudu MirandaJoão Atala 

Fotógrafo adicional: Rafael Mazza  

Assistente de câmera: Isadora Relvas  

Técnico de Som: Marcos Cantanhede  

Técnica de Som adicional Brasília: Olívia Hernadéz 

MontadoraFernanda Rondon  

Assistente de edição: Liana Riente  

Controller: Alcione Koritzky  

Logger: Gabriel Lima   

Still: Sora MaiaFabio Seixo  

Estagiária de Edição: Vivian Vecchi  

Composição de trilha sonoraDado Villa-Lobos   

Produção e distribuição: Copacabana Filmes e Fogo Azul Filmes  

Coprodução: Globo Filmes, GloboNews e Canal Curta!  

Produtores Associados: Renée Castelo Branco 

    Dot e EliteCam  


 

Sobre o diretor - João Jardim  

Com seu espírito desbravador e forte engajamento social, João Jardim é um dos diretores mais aclamados de sua geração no Brasil. Após ganhar o prêmio de Melhor Documentário na Mostra Internacional de São Paulo e no Message to Man International Film Festival, em São Petersburgo, pelo seu primeiro filme "Janela da Alma" (2001), ele segue desenvolvendo sua paixão pelo cinema dirigindo roteiros surpreendentes e cativantes. "Lixo Extraordinário" (2010), que ele codirigiu no maior aterro sanitário da América Latina, primeiro documentário brasileiro a ser indicado ao Oscar. O filme conquistou prêmios em alguns dos circuitos de mais prestígio, como o Festival de Berlim e Sundance. Sua primeira ficção, "Getúlio" (2014), foi um sucesso de bilheteria no Brasil com mais de 500 mil espectadores. Além disso, Jardim também dirige séries de televisão como "Liberdade de Gênero" (GNT, 2015 e 2017)- uma das primeiras ocasiões em que a TV brasileira retratou pessoas que não se identificam com o gênero designado para elas ao nascerem - e "Nelson Por Ele Mesmo" (Globo, 2017) uma adaptação para a TV do projeto em que Fernanda Montenegro viaja pelo Brasil fazendo leituras de textos do dramaturgo Nelson Rodrigues.  

  

Sobre a produtora - Copacabana Filmes  

Fundada em 1993 pela cineasta Carla Camurati, a Copacabana Filmes é uma empresa sólida, com grandes sucessos de público e crítica em seu currículo. Uma de suas primeiras apostas foi "Carlota Joaquina- Princesa do Brazil" (1995), dirigido por Camurati - um filme que gerou grande impacto na indústria cinematográfica brasileira, levando mais de 1.5 milhão de pessoas aos cinemas. Outros grandes sucessos dirigidos por Camurati foram “La Serva Padrona” (1998) - o primeiro filme-ópera do Brasil - e “Copacabana” (2001), premiado no Festival de Cinema Brasileiro em Miami e no Grande Prêmio BR do Cinema Brasileiro.  

Ao longo de seus 27 anos, a Copacabana Filmes desempenha um papel importante na distribuição de documentários premiados internacionalmente, como “Budrus" (2009), um filme de Julia Bacha sobre o uso da não-violência no conflito israelo-palestino e “Amor?" (2010), um filme de João Jardim sobre violência doméstica. Além disso, a empresa também organiza o Festival Internacional de Cinema Infantil, com títulos de diversas nacionalidades que normalmente não chegariam ao circuito do país.    

 

Sobre as coprodutoras – GloboNews e Globo Filmes 

A associação entre a GloboNews e a Globo Filmes tem entre seus principais objetivos formar plateias para o documentário e, em consequência, ampliar o consumo desses filmes nas salas de cinema. A parceria tem contribuído para um importante estímulo ao documentário no Brasil, onde o gênero ainda tem pouca visibilidade quando comparado aos demais países. A iniciativa visa o fortalecimento e a promoção dentro do mercado audiovisual brasileiro, através da coprodução e da exibição desses longas. 


O projeto completa sete anos em 2021 e a parceria estimula a criação de longas-metragens que, após a exibição nas salas de cinema, vão ao ar na emissora. Ao longo desse período, os filmes foram vistos por mais de seis milhões de pessoas no canal por assinatura e o alcance médio das produções foi de 450 mil telespectadores por exibição. 


Foram lançados filmes como Babenco - Alguém tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou, escolhido para representar o Brasil na busca por uma indicação ao Oscar 2021 na categoria Melhor Filme Internacional e premiado como melhor documentário sobre cinema da Venice Classics, mostra paralela do 76º Festival de Veneza em 2019, Cidades Fantasmas e Cine Marrocos, vencedores respectivamente do Festival É Tudo Verdade 2017 e 2019 Slam: Voz de Levante e Pitanga, premiados respectivamente nos Festivais do Rio e de Tiradentes em 2017, e A Corrida do Doping - até o momento, o filme mais visto na faixa da GloboNews. 


Outros destaques foram o longa coletivo 5 x Chico – O Velho e Sua Gente, sobre comunidades banhadas pelo Rio São Francisco, selecionado para quatro festivais internacionais na França; Tim Lopes - Histórias de Arcanjo, sobre a trajetória do jornalista morto em 2002; Betinho - A Esperança Equilibrista, que narra a vida do sociólogo Herbert de Souza, Menino 23que acompanha a investigação do historiador Sidney Aguilar a partir da descoberta de tijolos marcados com suásticas nazistas em uma fazenda no interior de São Paulo, ambos vencedores do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro em 2016 e 2017, respectivamente; Setenta, de Emília Silveira, sobre a militância política nos anos 1970, que recebeu dois prêmios no 8º Festival Aruanda (Paraíba), incluindo o de Melhor Filme pelo júri popular; e o premiado Meu nome é Jacque, de Angela Zoé, que enfoca a diversidade sexual a partir da experiência da transexual Jacqueline Rocha Cortês, eleito o Melhor Longa Nacional pelo júri do Rio Festival de Gênero & Sexualidade no Cinema 2016. 


Em 2021, são mais de 50 filmes em produção, envolvendo mais de 60 produtoras de diferentes regiões do país, ajudando a fomentar o mercado. 


Fonte: Julia Moura/ Primeiro Plano 



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