quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

EXPOSIÇÃO "ROSTOS DE FELINNI" - CINEMATECA DO MAM -RJ: 04/02 a 05/04

CINEMATECA DO MAM e o ISTITUTO ITALIANO DI CULTURA DO RIO DE JANEIRO apresentam a exposição e mostra de filmes no centenário de Federico Fellini


Os atores e atrizes famosos e desconhecidos que integram a galeria de personas e tipos fellinianos, em fotografias de cena de grandes fotógrafos do cinema italiano, como Pierluigi PraturlonElisabetta CatalanoA. Piatti e Osvaldo Civirani. Destacam-se as imagens do francês Paul Ronald, inéditas no Brasil, que durante as filmagens da obra-prima 8 ½ fez registros coloridos individuais do elenco. O Instituto Italiano de Cultura do Rio de Janeiro teve acesso às imagens inéditas do fotografo francês. Acompanha a exposição uma mostra de filmes mais raros de Fellini e de obras que dialogam com a estética e o imaginário fellinianos, celebrando o centenário do brilhante cineasta.

CINEMATECA DO MAM
[Acesso ao auditório Cosme Alves Netto]
Abertura: 4 de fevereiro de 2020, 18h
Até:  5 de abril de 2020 (exposição)
14 de fevereiro de 2020 (mostra de filmes)
Curadoria: Hernani Heffner (exposição)
José Quental (mostra  de filmes)
Realização: Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Istituto Italiano di Cultura do Rio de Janeiro, Embaixada da Itália no Brasil, Consulado da Itália no Rio de Janeiro, Comune e Cineteca de Cesena, e Centenário Fellini

Por ocasião das celebrações do centenário do nascimento do diretor italiano de cinema Federico Fellini (20 de janeiro de 1920, em Rimini, Itália – 31 de outubro de 1993, em Roma), a CINEMATECA DO MAM e o Instituto Italiano de Cultura do Rio de Janeiro apresentam, a partir do dia 4 de fevereiro de 2020às 18h, a exposição “Rostos Fellianianos” e a mostra de filmes “O Mestre de Rimini”. A exposição reúne 73 ampliações fotográficas de diversos fotógrafos de cena que trabalharam com Federico Fellini, como Pierluigi PraturlonA. Piatti e Osvaldo Civiranicom destaque para Paul Ronald (1924–2015), celebrado fotógrafo de cena francês, que teve sua trajetória ligada ao cinema italiano. Por iniciativa própria, Paul Ronald realizou um conjunto de fotografias coloridas que retratam atores do filme  (1963), obra-prima de Federico Fellini. O Instituto Italiano de Cultura do Rio de Janeiro teve acesso às imagens do fotografo francês através do colecionador italiano Antonio Maraldi, que as recebeu em doação do próprio fotógrafo no final dos anos 1990. As imagens dos demais fotógrafos pertencem à coleção da Cinemateca do MAM. A exposição apresenta ainda três raras fotos da passagem da esposa e musa de Fellini, a atriz Giulietta Masina, pelo Brasil em 1958. As imagens pertencem ao acervo da Memória Civelli.

 

curadoria da exposição é de Hernani Heffner, Conservador-Chefe da Cinemateca, que procurou explorar a percepção de Ronald quanto ao método de trabalho de Fellini e nesse caso, quanto aos traços que compõem a galeria de tipos fellinianos, com destaque absoluto para o ator Marcello Mastroianni, considerado pelo diretor sua tradução mais perfeita nas telas. A iniciativa de Ronald de nas horas vagas das filmagens produzir uma documentação fotográfica colorida de atores e atrizes revela não só a construção das personas ora sublimes, ora grotescas, da condição humana, como evidencia sobretudo as estratégias de direção de arte e figurinos em sua composição final da imagem em preto e branco do clássico 8 ½.


As fotografias de Ronald são inéditas de uma maneira geral até mesmo na Itália, já que foram feitas sem intenção de uso imediato, e fora dela constituem uma absoluta novidade. A coleção integra as celebrações dos cem anos de nascimento deste gênio da arte cinematográfica, e a exposição é uma realização conjunta do Museu de Arte Moderna do Rio de JaneiroIstituto Italiano di Cultura do Rio de JaneiroEmbaixada da Itália no BrasilConsulado da Itália no Rio de JaneiroComune e Cineteca de Cesena, e Centenário Fellini. O material produzido por Paul Ronald será doado por Antonio Maraldi ao Museu Fellini, que será inaugurado em dezembro de 2020 em sua terra natal, Rimini.
As demais imagens funcionam como um pequeno inventário da fotografia de cena italiana, uma das mais ricas e importantes do mundo, com exemplares de mestres como Civirani, Praturlon e G. B. Poletto. Desde a icônica imagem de Anita Ekberg na cena da Fontana di Trevi, em A Doce Vida, capturada por Praturlon, até a doçura chapliniana da Giulietta Masina em A Estada da vida, no clique de A. Piatti, artista sobre o qual não se sabe praticamente nada, desfilam pela exposição alguns dos grandes nomes da fotografia de cena, astros e estrelas do cinema e tipos anônimos que Fellini selecionava a cada nova produção, buscando com anúncios de jornal, justamente o inusitado, o cômico, e até mesmo o inconcebível e improvável, constituindo uma galeria de personagens que ficaram conhecidos como “fellinianos” dado o traço surreal e inesperado dos corpos, rostos e personalidades. Todas são oriundas do acervo da Cinemateca.

A MOSTRA DE FILMES – “O Mestre de Rimini”
No dizer do Curador José Quental “As comemorações do centenário de nascimento de Federico Fellini seguem em fevereiro na Cinemateca do MAM. Em complemento à exposição “O cérebro (e a caminhada) de Guido Anselmi” propomos um pequeno, e singular, percurso pela filmografia de Fellini. Nesta retrospectiva, para além de obras incontornáveis de sua filmografia, destacamos alguns trabalhos em que Fellini atuou como roteirista e também como ator. Além disso, propomos algumas aproximações com outros cineastas que inspiram a obra felliniana – como Charles Chaplin – e/ou que se assemelham nas formas e metodologias de trabalho – como Alfred Hitchcock. Por último, buscamos apontar algumas pistas de como o cinema contemporâneo pode ter desenvolvido certas características marcantes do cinema felliniano, como a fantasia, a suspensão do real ou formas de trabalhar a memória. Tais aproximações e provocações surgem a partir das reflexões de três críticos que produziram textos inéditos para o catálogo da exposição, à saber: Julhia Quadros, Ruy Gardnier e Luiz Carlos Oliveira Jr. Desta forma, propomos esse sobrevoo da obra de um dos cineastas mais singulares da história do cinema mundial.

POSES E STILLS
As 73 fotografias exibidas no MAM são ampliadas e impressas em preto e branco em 30 x 30cm, a maioria, sendo um 70 x 70cm e 3 50 x 26cm, a partir de arquivos digitais obtidos diretamente dos negativos fotográficos, e as últimas de exemplares ampliados vintage. As imagens revelam nomes como Marcello Mastroianni, a quem é dedicada toda uma sessão do grupo de imagens, e colaboradores regulares como Giulietta Masina, Catarina Boratto, Sandra Milo, Valentina Cortese, Claudia Cardinale e a famosa galeria de tipos “anônimos”, com destaque para a seleção oriunda do primeiro filme colorido rodado por Fellini, o clássico Julieta dos Espíritos (1965), produção fantástica que mobiliza uma galeria de tipos “estranhos”.

 

SOBRE PAUL RONALD

Considerado um dos três maiores fotógrafos de cenas da história do cinema italiano, junto com Tazio Secchiaroli e Pierluigi Praturlon, ambos também muito ligados à obra felliniana, Paul Pellet Ronald nasceu em Hyères, sul da França, em 17 de outubro de 1924. Com formação em náutica, transferiu-se para Nice em função da Segunda Guerra Mundial e começou a frequentar o ambiente de cinema. Conhece o fotógrafo de cena italiano Aldo (Aldo Graziati), que o convida para trabalhar como assistente em “Além da vida” (1943), de Jean Dellanoy. Após um período trabalhando como fotógrafo de guerra junto aos Aliados, reencontra Aldo e continua como seu assistente em “A Bela e fera” (1946), de Jean Cocteau. Ambos partem em seguida para a Itália, chamados por Luchino Visconti para trabalharem em “A terra treme” (1948), com Aldo tornando-se um famoso diretor de fotografia sob o pseudônimo G. R. Aldo, e Ronald iniciando-se como fotógrafo de cena (stillman) principal. Os dois seguiram fiéis a Visconti por toda a sua carreira, com Ronald inclusive tendo um crédito parcial como diretor de fotografia em “Belíssima” (1950), e fazendo boa parte dos registros fotográficos das encenações teatrais do mestre. Firmando-se na década de 1950 como um dos grandes, senão o maior, fotógrafo de cena (still) do cinema italiano, Ronald trabalha com os principais nomes desta e das décadas seguintes como Blasetti, Genina, Ferreri, Cavani, Lattuada, Risi e principalmente Scola, depois de Visconti. Atua também na mesma função em produções internacionais como “Beat the devil” (1953) e “The Bible: in the beginning...” (1966), de John Huston, e “Waterloo” (1970), de Sergey Bondarchuk. Para Fellini, faz a fotografia de cena do episódio “La tentazioni del Dottor Antonio”, de “Boccaccio 70”, chamando a atenção do diretor por sua discrição, rapidez e silêncio no trabalho, ao contrário do sempre “escandaloso” Praturlon, que Fellini admirava, mas com quem tinha muitos atritos. Ronald fez a fotografia de cena de “8 ½”, filmado também em 1962, filme considerado uma de suas obras-primas. Seu último trabalho em cinema foi “Sonho proibido” (1993), de Franco Zeffirelli. Paul Ronald faleceu em 13 de janeiro de 2015 em Gap, sul da França.

Serviço: exposição “Rostos Fellinianos” – Centenário de Federico Fellini
Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
[acesso ao auditório Cosme Alves Netto]
Abertura: 4 de fevereiro de 2020
Horário: 18h
Até: 5 de abril de 2020
Curadoria: Hernani Heffner

Mostra de filmes “O Mestre de Rimini”
Abertura: 4 de fevereiro de 2020
Horário: 18h
Até: 14 de fevereiro de 2020 (mostra de filmes)
Lei de Incentivo à Cultura /Mantenedores do MAM Rio: Petrobras, Ternium, Ministério da Cidadania – Pátria Amada Brasil – Governo Federal
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
De terça a sexta, das 10h às 17h, e quando houver sessões noturnas na Cinemateca.
Sábado, domingo e feriado, das 11h às 18h.
Ingresso: entrada gratuita
Endereço: Av. Infante Dom Henrique, 85
Parque do Flamengo – Rio de Janeiro – RJ 20021-140
Telefone: 21. 3883.5600
www.mam.rio/cinemateca

Mais informações: MAM Rio – Mônica Vilela

fONTE: Assessoria de Imprensa: A2 comunicação




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