sábado, 20 de julho de 2019

A Febre, longa de estreia de Maya Da-Rin, é selecionado para o 72° Festival de Locarno

A Febrelonga de estreia de Maya Da-Rin, terá sua première mundial no 72° Festival de Locarno, um dos principais festivais de cinema autoral do mundo, que acontece de 7 a 17 de agosto, na Suíça. O filme será exibido na mostra competitiva Concorso Internazionale

A trama narra a história do indígena Justino, de 45 anos, que trabalha como vigilante em um porto de cargas e vive em uma casa na periferia de Manaus. Desde a morte da sua esposa, sua principal companhia é a filha Vanessa, que está de partida para estudar Medicina, em Brasília. Sob o sol escaldante e as chuvas tropicais, Justino se esforça para se manter concentrado no trabalho, quando de repente, é tomado por uma febre forte. Enquanto isso, na televisão, fala-se de um animal selvagem à espreita no bairro.

Inspirado em histórias reais, o roteiro é centrado na relação entre um pai e uma filha, entre uma geração que carrega a espiritualidade de seu povo e os jovens indígenas criados na cidade”, diz Maya Da-Rin.

Maya Da-Rin é uma cineasta e artista visual brasileira. Graduada na Le Fresnoy (França), tem mestrado em Cinema e História da Arte na Sorbonne Nouvelle e participou de oficinas de cinema na Escola de Cinema de Cuba. Já teve trabalhos exibidos em Locarno, DOK Leipizig e no MoMa. Seu documentárioTerras (2010), também distribuído pela Vitrine, foi selecionado para mais de 40 festivais de cinema e seu projeto de longa-metragem. A Febre, participou da CinéfondationLa Fabrique des Cinémas du Monde e TorinoFilmLab. No Brasil, A Febre será distribuído pela Vitrine Filmes, ainda sem previsão de data para o lançamento.


SINOPSE
Manaus é uma cidade industrial cercada pela floresta amazônica. Justino, um indígena Desana de 45 anos, trabalha como vigia no porto de cargas. Desde a morte de sua esposa, sua principal companhia é sua filha mais nova com quem vive em uma casa modesta na periferia. Enfermeira em um posto de saúde, Vanessa é aceita para estudar medicina em Brasília e terá que viajar em breve.

Entre a opressão da cidade e a distância de sua aldeia, Justino já não pode suportar uma existência sem lugar. Com o passar dos dias, ele é tomado por uma febre forte. Durante a noite, uma criatura misteriosa segue seus passos. Durante o dia, ele luta para se manter acordado no trabalho. Mas logo a rotina tediosa do porto é quebrada pela chegada de um novo vigia. Enquanto isso, a visita de seu irmão faz Justino rememorar a vida na aldeia, de onde partiu vinte anos atrás. 


FICHA TÉCNICA
Direção: Maya Da-Rin
Roteiro: Maya Da-Rin, Miguel Seabra Lopes, Pedro Cesarino
Produtores: Maya Da-Rin, Leonardo Mecchi, Juliette Lepoutre
Co-produtores: Pierre Menahem, Janine Jackowski, Jonas Dornbach
Empresas Produtoras: Tamanduá Vermelho, Enquadramento Produções (Brasil)
Empresas Coprodutoras: Still Moving (França), Komplizen Film (Alemanha)
Produtor Executivo: Leonardo Mecchi
Assistente de Direção: Milena Times
Diretora de Fotografia: Bárbara Alvarez
Som: Felippe Schultz Mussel, Breno Furtado, Romain Ozanne
Mixagem: Emmanuel Croset
Direção de Arte: Ana Paula Cardoso
Figurino: Joana Gatis
Maquiagem: Helena d’Araújo
Edição: Karen Akerman

ELENCO
Regis Myrupu como Justino
Rosa Peixoto como Vanessa
Johnatan Sodré como Everton
Kaisaro Jussara Brito como Jalmira
Edmildo Vaz Pimentel como André
Anunciata Teles Soares como Marta
Lourinelson Wladmir como Wanderlei

FILMOGRAFIA DA DIRETORA
Camuflagem [Camouflage], vídeo-instalação, 2013, 6’
Horizonte de Eventos [Event Horizon], vídeo-instalação, 2012, 45’
Version Française [French Version], curta-metragem, 2011, 19’
Terras [Lands], documentário, 2009, 70’
Margem (Margin), documentário, 2006, 54’

SOBRE A TAMANDUÁ VERMELHO:
Após uma parceria de 10 anos com a diretora Sandra Werneck na produtora Cineluz - que tem um vasto currículo com mais de 20 filmes, entre curtas, documentários e ficção - Maya Da-Rin decidiu iniciar a sua própria empresa, trazendo a bordo os documentários “Terras” (que estreou no Festival de Locarno e foi exibido em mais de 40 festivais ao redor do mundo, ganhando nove prêmios diferentes) e “Margem” (exibido em festivais como Toulouse, Havana e Uruguai).

Tamanduá Vermelho inicia suas atividades produzindo o longa-metragem “A Febre”, um projeto selecionado para a residência da Cinefondation e para o encontro de coprodução La Fabrique (ambos organizados pelo Festival de Cannes), além dos programas Script & Pitch e FrameWork, do TorinoFilmLab. Ganhou ainda o fundo de desenvolvimento Hubert Bals Fund (do Festival de Rotterdam). O projeto também contou com o apoio do Fundo Setorial do Audiovisual, da ANCINE, do Aide aux Cinémas du Monde, do CNC, e do World Cinema Fund, do Festival de Berlim, para sua produção, além do fundo Île-de-France, para sua finalização. O filme terá agora sua estreia mundial no Concorso internazionale do Festival de Locarno. Além disso, a empresa atualmente também desenvolve o próximo longa-metragem de Maya Da-Rin, “Santa Anita” (em fase de escrita), e é produtora associada do documentário “Filmeterapia”, de Felippe Schultz Mussel.

SOBRE A ENQUADRAMENTO PRODUÇÕES:
Enquadramento Produções é uma produtora cultural, com sede em São Paulo, que atua no desenvolvimento e produção de projetos de curtas e longas metragens, selecionados para importantes festivais nacionais e internacionais, como Cannes, Locarno, Rotterdam, Viennale, FidMarseille, BAFICI, Brasília, Tiradentes e Gramado.
Entre suas mais recentes produções estão "Los Silencios", de Beatriz Seigner, coprodução Brasil/França/Colômbia (Festival de Cannes - Quinzena dos Realizadores); "A Febre", de Maya Da-Rin, coprodução Brasil/França/Alemanha (Festival de Locarno - Concorso Internazionale); e "Mormaço", de Marina Meliande (Festival de Rotterdam - Tiger Competition).
Encontra-se ainda em finalização do longa-metragem "A Morte Habita à Noite", de Eduardo Morotó. Seu sócio-diretor, Leonardo Mecchi, foi ainda produtor executivo de longas como "Obra", de Gregório Graziosi (Melhor Filme pela Crítica e Melhor Fotografia no Festival do Rio), "Super Nada", de Rubens Rewald (Melhor Filme e Prêmio Especial do Júri na mostra Novos Rumos do Festival do Rio) e "Quebradeiras", de Evaldo Mocarzel (Melhor Documentário no Festival de Toulouse, França; Melhor Direção, Fotografia e Som no Festival de Brasília). Foi também produtor associado do documentário "O Processo", de Maria Augusta Ramos (Festival de Berlim).

A VITRINE FILMES
Em nove anos, a Vitrine Filmes distribuiu mais de 140 filmes. Entre seus maiores sucessos estão "Aquarius" e "O Som ao Redor", de Kleber Mendonça Filho e "Hoje Eu Quero Voltar Sozinho", de Daniel Ribeiro. Mais recentemente a distribuidora lançou "Divinas Divas", dirigido por Leandra Leal, o documentário mais visto de 2017 e "O Processo", de Maria Augusta Ramos, que entrou para a lista dos 10 documentários mais vistos da história do cinema nacional. Entre os lançamentos de 2019 estão “Divino Amor”, dirigido por Gabriel Mascaro, e "Bacurau”, novo filme do diretor Kleber Mendonça Filho em parceria com Juliano Dornelles. Além disso a Vitrine Filmes segue com a quinta edição da Sessão Vitrine, projeto de distribuição coletiva de filmes, que durante o ano todo irá lançar longas nacionais em diversas cidades do Brasil.

ASSESSORIA DE IMPRENSA:
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Anna Luiza Muller
Marcela Salgueiro 



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