O filme apresenta não somente a trajetória política da ex- primeira ministra britânica Margareth Thatcher, mas a história de uma mulher fragilizada pela velhice, pela demência e atormentada pelo passado. Um contraponto com a imagem austera e implacável que Thatcher assumiu na vida pública.
A diretora Phyllida Lloyd revela uma mulher que sempre buscou a superação e que lutou contra o papel secundário relegado às mulheres na conservadora sociedade britânica. O filme explora a “Guerra das Malvinas” (Falklands) e como a ex-primeira ministra usou o triste episódio para conseguir superar a crise política, devido ao caos financeiro na Inglaterra. Thatcher ainda enfrentava os atentados do grupo irlandês IRA e precisava angariar a aceitação do eleitorado britânico.
A comparação patriótica de Thatcher, conduzindo a campanha militar na Guerra das Malvinas, com de Winston Churchil durante a Segunda Guerra Mundial chega a ser infeliz e exagerada. Mas o que podemos esperar de um filme a partir do ponto de vista britânico? Parece até que a Grã Bretanha estava enfrentando um poderoso inimigo, o que não foi o caso da Argentina. Por outro lado, o filme pouco explora a política da Guerra Fria e o alinhamento da ex-primeira ministra com o governo Reagan contra o comunismo soviético, mas mostra o posicionamento da ex-primeira ministra britânica contra a ideia de União Europeia.
A comparação patriótica de Thatcher, conduzindo a campanha militar na Guerra das Malvinas, com de Winston Churchil durante a Segunda Guerra Mundial chega a ser infeliz e exagerada. Mas o que podemos esperar de um filme a partir do ponto de vista britânico? Parece até que a Grã Bretanha estava enfrentando um poderoso inimigo, o que não foi o caso da Argentina. Por outro lado, o filme pouco explora a política da Guerra Fria e o alinhamento da ex-primeira ministra com o governo Reagan contra o comunismo soviético, mas mostra o posicionamento da ex-primeira ministra britânica contra a ideia de União Europeia.
A composição da personagem pela atriz Meryl Streep está impecável. Além da caracterização física, ela interpreta uma Thatcher austera em seus posicionamentos, mas ao mesmo tempo doce. Uma mulher que renegou os sentimentos e privilegiou os ideais para manter a liderança na vida profissional e pessoal. A interpretação de Streep humaniza a figura polêmica de Thatcher. O papel pode render a atriz mais uma estatueta do Oscar, apesar de Viola Davis ter vencido o prêmio do Sindicato dos Atores como melhor atriz por Vidas Cruzadas (The Help). Streep será homenageada no Festival de Berlim deste ano.
Elisabete Estumano.
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