“Atravessa a vida”, novo documentário de João Jardim (“Getúlio”, “Janela da Alma”) estreia dia 14 de janeiro nos cinemas. O filme acompanha o cotidiano de uma turma do 3º ano, no interior do Sergipe, que se prepara para o Exame Nacional do Ensino Médio. O ENEM de 2021 terá início dia 17 de janeiro. O longa é uma produção da Copacabana Filmes e Fogo Azul Filmes, em coprodução com Globo Filmes, GloboNews e Canal Curta!. O filme teve sua estreia mundial no 25º Festival É Tudo Verdade.
O documentário mergulha no universo escolar e adolescente dos jovens de Simão Dias, cidade de 40 mil habitantes no interior sergipano. O Centro de Excelência Dr. Milton Dortas, escola com cerca de mil alunos, representa um recorte das dificuldades na educação brasileira. Enquanto buscam o sonho de garantir um ensino superior gratuito, os alunos refletem temas urgentes - dentro e fora de sala de aula - como futuro, depressão, aborto, pena de morte e Ditadura Militar.
“Atravessa a vida partiu de uma vontade de entender este momento de saída da escola na vida do adolescente, como as coisas acontecem, são sentidas e vivenciadas. Interesse em entender quem são estes alunos que hoje dependem do Enem para fazer a vida seguir. No filme estão representados alguns alunos com potencial, que podem ir muito longe, e ficam claras as dificuldades que encontram. Alguns aspectos particulares dessa escola infelizmente estão presentes se olharmos de um ponto de vista geral para o Brasil. Temos somente três entrevistas no filme e em todas a ausência do pai na família é um tema abordado. Além disso, os obstáculos que alunos e professores enfrentam não estão restritos somente a esse colégio”, analisa o diretor João Jardim.
Sinopse:
Enquanto alunos do 3º ano do ensino público no interior do Sergipe se preparam para a prova que pode determinar o resto de suas vidas, o documentário retrata as angústias e os prazeres da adolescência através de seus gestos, inquietações e conquistas.
Personagens:
Daniela Silva (diretora da escola)
David Andrade
Flávia de Jesus
Lívia Costa
Vitoria Mirelle
Ramon dos Santos
Rayssa Rodrigues
Isolda Laís
Diretor e Produtor: João Jardim
Diretora de Produção e Produtora Executiva: Gabriela Weeks
Assistente de produção: Fernanda Curi, Érika Saldanha ]
Estagiária de Produção Executiva: Thayná Ivo
Pesquisadora e Assistente de Direção: Carol Gonçalves
Diretor de Fotografia: Dudu Miranda, João Atala
Fotógrafo adicional: Rafael Mazza
Assistente de câmera: Isadora Relvas
Técnico de Som: Marcos Cantanhede
Técnica de Som adicional Brasília: Olívia Hernadéz
Montadora: Fernanda Rondon
Assistente de edição: Liana Riente
Controller: Alcione Koritzky
Logger: Gabriel Lima
Still: Sora Maia, Fabio Seixo
Estagiária de Edição: Vivian Vecchi
Composição de trilha sonora: Dado Villa-Lobos
Produção e distribuição: Copacabana Filmes e Fogo Azul Filmes
Coprodução: Globo Filmes, GloboNews e Canal Curta!
Produtores Associados: Renée Castelo Branco
Dot e EliteCam
Sobre o diretor - João Jardim
Com seu espírito desbravador e forte engajamento social, João Jardim é um dos diretores mais aclamados de sua geração no Brasil. Após ganhar o prêmio de Melhor Documentário na Mostra Internacional de São Paulo e no Message to Man Internationa
Sobre a produtora - Copacabana Filmes
Fundada em 1993 pela cineasta Carla Camurati, a Copacabana Filmes é uma empresa sólida, com grandes sucessos de público e crítica em seu currículo. Uma de suas primeiras apostas foi "Carlota Joaquina- Princesa do Brazil" (1995), dirigido por Camurati - um filme que gerou grande impacto na indústria cinematográfica brasileira, levando mais de 1.5 milhão de pessoas aos cinemas. Outros grandes sucessos dirigidos por Camurati foram “La Serva Padrona” (1998) - o primeiro filme-ópera do Brasil - e “Copacabana” (2001), premiado no Festival de Cinema Brasileiro em Miami e no Grande Prêmio BR do Cinema Brasileiro.
Ao longo de seus 27 anos, a Copacabana Filmes desempenha um papel importante na distribuição de documentários premiados internacionalmente, como “Budrus" (2009), um filme de Julia Bacha sobre o uso da não-violência no conflito israelo-palestino e “Amor?" (2010), um filme de João Jardim sobre violência doméstica. Além disso, a empresa também organiza o Festival Internacional de Cinema Infantil, com títulos de diversas nacionalidades que normalmente não chegariam ao circuito do país.
Sobre as coprodutoras – GloboNews e Globo Filmes
A associação entre a GloboNews e a Globo Filmes tem entre seus principais objetivos formar plateias para o documentário e, em consequência, ampliar o consumo desses filmes nas salas de cinema. A parceria tem contribuído para um importante estímulo ao documentário no Brasil, onde o gênero ainda tem pouca visibilidade quando comparado aos demais países. A iniciativa visa o fortalecimento e a promoção dentro do mercado audiovisual brasileiro, através da coprodução e da exibição desses longas.
O projeto completa sete anos em 2021 e a parceria estimula a criação de longas-metragens que, após a exibição nas salas de cinema, vão ao ar na emissora. Ao longo desse período, os filmes foram vistos por mais de seis milhões de pessoas no canal por assinatura e o alcance médio das produções foi de 450 mil telespectadores por exibição.
Foram lançados filmes como Babenco - Alguém tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou, escolhido para representar o Brasil na busca por uma indicação ao Oscar 2021 na categoria Melhor Filme Internacional e premiado como melhor documentário sobre cinema da Venice Classics, mostra paralela do 76º Festival de Veneza em 2019, Cidades Fantasmas e Cine Marrocos, vencedores respectivamente do Festival É Tudo Verdade 2017 e 2019 Slam: Voz de Levante e Pitanga, premiados respectivamente nos Festivais do Rio e de Tiradentes em 2017, e A Corrida do Doping - até o momento, o filme mais visto na faixa da GloboNews.
Outros destaques foram o longa coletivo 5 x Chico – O Velho e Sua Gente, sobre comunidades banhadas pelo Rio São Francisco, selecionado para quatro festivais internacionais na França; Tim Lopes - Histórias de Arcanjo, sobre a trajetória do jornalista morto em 2002; Betinho - A Esperança Equilibrista, que narra a vida do sociólogo Herbert de Souza, Menino 23, que acompanha a investigação do historiador Sidney Aguilar a partir da descoberta de tijolos marcados com suásticas nazistas em uma fazenda no interior de São Paulo, ambos vencedores do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro em 2016 e 2017, respectivamente; Setenta, de Emília Silveira, sobre a militância política nos anos 1970, que recebeu dois prêmios no 8º Festival Aruanda (Paraíba), incluindo o de Melhor Filme pelo júri popular; e o premiado Meu nome é Jacque, de Angela Zoé, que enfoca a diversidade sexual a partir da experiência da transexual Jacqueline Rocha Cortês, eleito o Melhor Longa Nacional pelo júri do Rio Festival de Gênero & Sexualidade no Cinema 2016.
Em 2021, são mais de 50 filmes em produção, envolvendo mais de 60 produtoras de diferentes regiões do país, ajudando a fomentar o mercado.
Fonte: Julia Moura/ Primeiro Plano
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