terça-feira, 3 de novembro de 2020

'Fico te devendo uma carta sobre o Brasil', de Carol Benjamin, estreia dia 05/11 nos cinemas

 


“Fico te devendo uma carta sobre o Brasil”, primeiro longa-metragem de Carol Benjamin, divulga trailer e será lançado nos cinemas de Rio e São Paulo dia 05 de novembro. A produção é da Daza Filmes, com coprodução do Canal Brasil, VideoFilmes e Muiraquitã Filmes. A distribuição é da Bretz Filmes. 

 

O filme conquistou a menção especial do júri no 32ª IDFA - Festival Internacional de Documentários de Amsterdã, o maior festival do mundo dedicado ao gênero, onde teve sua estreia mundial. “Fico te Devendo uma Carta Sobre o Brasil” também conquistou a Menção Honrosa no Festival É Tudo Verdade 2020, o prêmio de Melhor Documentário no 8º Indian Cine Film Festival e o prêmio do público do Inffinito Film Festival (Estados Unidos). Também foi selecionado para diversos festivais, incluindo o Festival Tempo de Documentários, na Suécia, o Festival Internacional de Filmes e Fórum de Direitos Humanos, na Suíça, e a Mostra Competitiva do 24 Festival de Lima (Peru), entre outros. 

 

“O Brasil vive hoje uma guerra de narrativas que coloca o legado da ditadura no centro do debate. E eu acho que isso só acontece porque aprendemos - e esta é uma característica cultural profundamente arraigada no Brasil - que não devemos falar sobre o passado. Não falar é esquecer, e esquecer é repetir. É um grande desafio lançar um filme tão íntimo e pessoal no atual momento político, tão polarizado, e espero sinceramente que a história da minha família possa contribuir para a abertura de um diálogo mais empático em torno de um tema tão caro para todos nós, que é a manutenção do pacto democrático”, desabafa Carol Benjamin. 

 

A diretora revela a história das três gerações de sua família, que foi atravessada pela ditadura militar que se instalou no Brasil entre 1964 e 1985. Seu avô era coronel do Exército. Seu pai, César Benjamin, foi preso ilegalmente aos 17 anos, em 1971, e permaneceu por três anos e meio em uma cela solitária, além de mais dois anos em prisão comum. Mas a prisão e tortura do filho mais novo transformou a dona de casa Iramaya Benjamin, avó da diretora, em uma militante incansável pela anistia. 

 

“Com muita sensibilidade, abrindo os porões de sua família, Carol investiga o silêncio que contaminou três gerações e todo um país. Precisamos da nossa memória para recontar nossa história e nos reconhecer. “Fico te devendo uma carta sobre o Brasil” é um exemplo corajoso de como devemos nos investigar para ir além e construir novas perspectivas de futuro”, diz Leandra Leal, produtora do filme. 

 

Leandra, Carol e Rita

Devido à pressão de Iramaya e excepcionalidade do pleito, o caso de César foi logo adotado pela Seção Sueca da Anistia Internacional. Em 1976, quatro anos depois, ele foi considerado “Prisioneiro da Consciência”, o principal caso do ano para todas as sessões da Anistia Internacional global. A forte pressão levou o governo brasileiro a exilar César para a Suécia nesse mesmo ano. 

“Até hoje nós da Anistia Internacional continuamos tomando as injustiças como algo pessoal, mobilizando pessoas para agirem sempre que em algum lugar os direitos de alguém sejam violados. Seguimos em ação para impedir que injustiças, prisões arbitrárias aconteçam e para que vidas sejam salvas. O filme revela um lado de nossas campanhas, que é estar junto de quem sofre e tem seus direitos violados, até que a justiça seja feita!” explica Jurema Werneck, diretora-executiva da Anistia Internacional Brasil.

 

Para resgatar essas memórias, Carol inicia o filme em Estocolmo, onde César recebeu asilo político por dois anos após sair da prisão. É lá também que a diretora reencontra Marianne Eyre, membro da Anistia Internacional desde 1966, com quem Iramaya trocava cartas regularmente e de quem se tornou amiga e confidente. O filme, narrado pela diretora, é entremeado, sobretudo, pelas leituras dessas cartas, depoimentos de Iramaya captados em diferentes momentos, fotografias, e imagens raras de arquivo (incluindo a emocionante chegada de César à Suécia e de seu encontro com o irmão Cid, também um exilado político). 

 


 

Sinopse: 

FICO TE DEVENDO UMA CARTA SOBRE O BRASIL revela três gerações de uma família atravessada pela Ditadura Militar Brasileira (1964-1985). Ao mergulhar em uma história pessoal e a entrelaçar com a história do país – entre passado e presente – o filme investiga a persistência do silêncio como ferramenta de apagamento da memória. 

  


Ficha Técnica:
 

Direção: Carol Benjamin 

Produção: Carol Benjamin, Leandra Leal e Rita Toledo 

Coprodução: João Moreira Salles, Eliane Ferreira, Maria Carlota Bruno e Pablo Iraola 

Produção Associada: Fernando Fraiha e Maria Barreto 

Produção Executiva: Danielle Villanova, Eliane Ferreira e Maria Flor Brazil 

Montagem: Marília Moraes, edt e Isabel Castro, edt 

Fotografia: Mauro Pinheiro Jr., ABC 

Som: Edson Secco 

Roteiro: Carol Benjamin e Rita Toledo 

Id. Visual: Tatiana C. Bond 

Pesquisa: Patricia Machado 

Produção: Daza Filmes 

Coprodução: Canal Brasil, VideoFilmes e Muiraquitã Filmes 

Apoio: Sonideria, Psycho n’ Look e Histórias que Ficam 

Distribuição: Bretz Filmes 

Duração: 88’ 

Classificação: 12 anos 

Idioma: Português e Inglês 





 

Sobre a diretora: 

Carol Benjamin é sócia da Daza Filmes, onde produz, escreve e dirige seus projetos autorais. Seu primeiro longa FICO TE DEVENDO UMA CARTA SOBRE O BRASIL foi premiado com Menção Especial do Júri do IDFA, principal festival de documentários do mundo, onde estreou na mostra First Appearance Competition. Junto com as sócias Leandra Leal e Rita Toledo, Carol é criadora, produtora e roteirista da série de ficção A VIDA PELA FRENTE, com estreia prevista na plataforma Globoplay em 2021. Como produtora e roteirista, Carol já lançou quatro longas-metragens – entre eles DIVINAS DIVAS, de Leandra Leal, documentário de maior bilheteria no Brasil em 2017. 

  

Sobre a Daza Filmes: 

Daza Filmes é uma produtora independente fundada em 2010 no Rio de Janeiro por Carol Benjamin, Leandra Leal e Rita Toledo. Nossa maior motivação é contribuir para o desenvolvimento de um imaginário social que apoie e celebre a diversidade. Como realizadoras, nos sentimos inspiradas por vozes dissonantes e buscamos explorar a complexidade humana em narrativas sensíveis e contestadoras. A Daza produz filmes de arte, programas de TV e documentários: no nosso catálogo, temos sete longas-metragens e dois curtas, todos com boas carreiras em festivais de cinema. Atualmente, a Daza produz sua primeira série de ficção para plataformas VOD, enquanto se prepara para desbravar o mercado infantil. 

  

Sobre a Muiraquitã Filmes: 

A Muiraquitã Filmes foi fundada pela produtora Eliane Ferreira e se dedica a produzir filmes e séries de ficção e não-ficção com perspectivas únicas e autênticas, em colaboração com cineastas talentosos e parceiros em todo o mundo. Em 2015, Pablo Iraola se tornou sócio, agregando sua experiência internacional para a produtora. Seus filmes já foram selecionados e exibidos em grandes festivais como: Berlim, IDFA, Dok Leipzig, Jeonju, além de terem sido distribuídos para diversos países. 

Suas mais recentes produções foram os documentários: “Fico te devendo uma carta sobre o Brasil” de Carol Benjamin - menção especial do júri no IDFA e É tudo verdade, "Cine Marrocos" de Ricardo Calil - melhor documentário em Dok Leipzig (Next Masters Competition), Festival Internacional de Guadalajara e É Tudo Verdade, e o longa ficção “Querência” de Helvécio Marins Jr. - seleção do Forum no Festival de Berlim (Berlinale) e melhor filme no Festival de Jeonju. Seu mais novo filme de ficção “Mar de Dentro de Dainara Tofolli está iniciando a carreira de Festivais nacionais e internacionais, tendo sua estreia no Brasil na Mostra Internacional de São Paulo 2020.Atualmente, está em fase de pós-produção dos longas “Sol” de Lô Politi, “Bala sem Nome” de Felipe Cagno, e os documentários “Os Arrependidos” de Ricardo Calil, “Eneida”, de Heloisa Passos e “Testament”, de Meena Nanji e Zippy Kimundu - projeto selecionado para o IDFA Forum 2020. Dentre suas próximas produções, pode-se destacar o longa ficção “Aurora” de Karim Aïnoz, a série documental “Pierre Fatumbi Verger” de Sérgio Machado, e o documentário “Sobre Memória e Esquecimento” de Ricardo Martensen – projeto ganhador das bolsas de desenvolvimento do Sundance Documentary Fund e do IDFA Bertha Foundation. 

  

Sobre a VideoFilmes: 

Criada pelos irmãos Walter e João Moreira Salles em 1986, a VideoFilmes é uma produtora independente com 30 anos de trajetória no mercado audiovisual, considerada referência pelo valor artístico de seus trabalhos. A produtora já realizou mais de 100 projetos de filmes de ficção, documentários, séries, programas para Tv, coproduções nacionais e internacionais. Dentre suas produções estão os filmes de ficção: "Central do Brasil" e "Linha de Passe", de Walter Salles; "Santiago" e "No Intenso Agora" de João Moreira Salles; filmes de renomados diretores como Karim Ainouz, Sérgio Machado e Eryk Rocha, além dos documentários do grande mestre Eduardo Coutinho como "Edifício Master" e "Jogo de Cena", entre outros. Suas produções são distribuídas em diversos países. Em 2020, lançou  o documentário "Narciso em Férias", em co-produção com a Uns Produções, único representante brasileiro no Festival de Veneza neste ano, e a série documental "Noites de Festival", em coprodução com Inquietude Filmes e Canal Brasil,  ambos os projetos dirigidos por Renato Terra a Ricardo Calil. Também coproduziu "Breve Miragem de Sol", de Eryk Rocha, lançado no Globoplay. Atualmente está produzindo o documentário "Argelino por Acaso", de Karim Aïnouz em coprodução com Globo Filmes. A trajetória da VideoFilmes é marcada pela conquista de mais de 400 prêmios nacionais e internacionais, entre eles o Globo de Ouro, BAFTA, Urso de Ouro e Urso de Prata no Festival de Berlim e Palma de Ouro em Cannes, e conta ainda com 8 indicações ao Oscar® por suas produções e coproduções. 


Sobre o Canal Brasil: 

O Canal Brasil é, hoje, o canal responsável pela maior parte das parcerias entre TV e cinema do país e um dos maiores do mundo, com 322 longas-metragens coproduzidos só nos últimos 10 anos. No ar há duas décadas, apresenta uma programação composta por muitos discursos, que se traduzem em filmes dos mais importantes cineastas brasileiros, e de várias fases do nosso cinema, além de programas de entrevista e séries de ficção e documentais. O que pauta o canal é a diversidade e a palavra de ordem é liberdade – desde as chamadas e vinhetas até cada atração que vai ao ar. 

  

Sobre a Bretz Filmes: 

A Bretz Filmes iniciou as atividades em 1990, atuando no mercado de vídeo como distribuidora e representante das principais empresas. Em 2011, a Bretz Filmes iniciou sua atuação nacional e internacional, passando a adquirir filmes nacionais e estrangeiros para distribuição própria em cinema, vídeo, televisão e VOD, especializando-se na distribuição de documentários e filmes de autor. A partir de 2015, a Bretz Filmes se voltou para o mercado de cinema independente, nacional e internacional, lançando títulos como: Woody Allen, O Cavalo de Turim, Nostalgia da Luz e Another Year. Mais recentemente, foram lançados os filmes independentes brasileiros e internacionais Gabriel e a Montanha, On Yoga, Cézanne e eu, dentre outros.

Sobre a Anistia Internacional  

A Anistia Internacional é um movimento global de mais de 7 milhões de pessoas que encaram a injustiça como algo pessoal. A organização realiza campanhas para que direitos humanos internacionalmente reconhecidos sejam respeitados e protegidos no Brasil e no mundo. Criada em 1961, pelo advogado britânico Peter Benenson, atua no Brasil desde o período do Regime Militar e teve um novo escritório aberto no Brasil, em 2012.  


FONTE: 


Assessoria de Imprensa  

 

Anna Luiza Muller   

Marcela Salgueiro


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