quinta-feira, 11 de junho de 2020

Cine Petra Belas Artes lança nesta quinta (11/06) 5 filmes no cardápio à La Carte

O cardápio À La Carte desta quinta (11/06) traz 5 filmes: a estreia do média-metragem brasileiro “O Sobrevivente” (2019), de Silvia Rocha Campos; "Primavera, Verão, Outono, Inverno e... Primavera" (2003), longa do sul-coreano Kim Ki-duk; "O Conhecido Desconhecido" (2013), polêmico documentário de Errol Morris; "Marketa Lazarová" (1967), raridade do cinema tcheco, de Frantisek Vlácil; e “Traídos pelo Desejo" (1992), grande sucesso de Neil Jordan.

TRAÍDOS PELO DESEJO
(The Crying Game)
Reino Unido, 112 min., cor, suspense, idioma: inglês (legendado), 16 anos.
Direção: Neil Jordan
Elenco: Forest Whitaker, Miranda Richardson, Stephen Rea e Jaye Davidson.
IRA sequestra um soldado inglês, que desenvolve uma certa amizade pelo guerrilheiro encarregado de vigiá-lo. Mas o soldado morre e o guerrilheiro vai comunicar sua morte à namorada do soldado, por quem acaba se apaixonando. Mas esta paixão lhe provocará um choque inesquecível, enquanto companheiros do IRA querem que ele participe de uma perigosa missão.

Traídos Pelo Desejo” (Reino Unido, 1992), de Neil Jordan, teve consultoria de Stanley Kubrick, amigo do diretor, que o aconselhou em vários aspectos, inclusive na troca do título original, "The Soldier's Wife", justificando que títulos com termos militares ou religiosos não atraiam público. Jaye Davidson, que nunca havia atuado, recebeu o convite para interpretar Dil em um bar, durante uma festa do filme "Eduardo II", do diretor inglês Derek Jarman, que o indicou para os agentes de casting. Por esta atuação, Jaye acabou sendo indicado ao Oscar, como coadjuvante. O Channel 4, emissora de TV estatal britânica que apoiava a produção, considerou o desfecho original inviável e pediu a Neil Jordan que escrevesse e filmasse um final diferente. Jordan escreveu e filmou esse final, mas, quando o filme foi montado, todos concordaram que não funcionou e a produção recebeu financiamento para filmar a conclusão idealizada pelo diretor. A produção total, estimada em 2.300,000 libras, foi tão apertada que quase não deu para cobrir a conclusão do filme.

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PRIMAVERA, VERÃO, OUTONO, INVERNO... E PRIMAVERA
(Bom Yeoareum Gaeul Gyeoul Geurigo Bom)
Coreia do Sul, 2003, cor, 103 min, drama, idioma: coreano (legendado), 14 anos.
Direção: Kim Ki-duk
Elenco: Ki-duk Kim, Yeong-su Oh e Jong-ho Kim.

Um menino é criado por um monge budista em um isolado Templo, onde os anos passam como as estações do ano.

Primavera, Verão, Outono, Inverno... e Primavera” (Coreia do Sul, 2003), de Kim Ki-duk, foi o candidato oficial da Coréia do Sul para representar o país no Oscar 2004, na categoria Melhor Filme Estrangeiro. Este filme de beleza arrebatadora, repleto de imagens poéticas, veio três anos depois de "A Ilha", polêmico filme do diretor que, em 2000 levou os espectadores a passarem mal durante sua exibição no Festival de Cannes. "Primavera, Verão, Outono, Inverno e... Primavera" flui como um conto religioso, acompanhando o ciclo vital de um jovem monge e a sua perda da pureza, desde que ele conhece o amor e, consequentemente, o ciúme, a luxúria, a raiva e o ódio.

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O CONHECIDO DESCONHECIDO
(The Unknown Known)
EUA, 2013, cor, 103 min., documentário, idioma: inglês (legendado), 14 anos.
Direção: Errol Morris
Elenco: Donald Rumsfeld e Errol Morris.
Antigo Secretário da Defesa dos Estado Unidos Donald Rumsfeld fala sobre sua carreira em Whashinhgton D.C. desde os dias no Congresso, no início dos anos 60, até 2003 quando planeja a invasão no Iraque.

"O Conhecido Desconhecido" (EUA, 2013), é um filme dirigido por Errol Morris, o mesmo diretor de "Sob a Névoa da Guerra" (2003), vencedor do Oscar de Melhor Documentário. "The Unknown Known" concorreu ao prêmio principal, o Leão de Ouro, no Festival de Veneza. Em "Sob a Névoa da Guerra" o diretor Errol Morris contou com uma extensa entrevista com o secretário de Defesa da era do Vietnã, Robert McNamara. Em "The Unknown Known" ele seguiu a mesma linha. Ambos os filmes foram altamente críticos em relação aos assuntos de gerenciamento de guerra.

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MARKETA LAZAROVÁ
(Marketa Lazarová)
Tchecoslováquia, 1967, p/b, 162 min., drama, idioma: tcheco (legendado), 12 anos.
Direção: Frantisek Vlácil
Elenco: Josef Kemr, Magda Vásáryová e Nada Hejna.

Lazar segue o cristianismo e é pai da jovem Marketa Lazarová. Quando Lazar recusa-se a ajudar Kozlík numa guerra, Mikolás, o filho ladrão, se vinga estuprando Marketa, que se preparava para entrar num convento.

"Marketa Lazarová" (Tchecoslováquia, 1967), de Frantisek Vlácil, é um filme tcheco que teve uma produção bastante meticulosa e artesanal. O diretor não só tinha as roupas cuidadosamente pesquisadas e costuradas à mão, como também fazia o elenco morar na floresta pelos dois anos de filmagem, para que todos entrassem na atmosfera do século XIII. Considerado o melhor filme tcheco de todos os tempos, de acordo com uma pesquisa de 1998 realizada por cineastas e críticos da República Tcheca e Eslováquia. Incluído no famoso livro "1001 filmes que você deve ver antes de morrer", de Steven Schneider.

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O SOBREVIVENTE
Brasil, 2019, cor, suspense, 38 min., idioma: português, 14 anos.
Direção: Silvia Rocha Campos
Elenco: Adriana Londoño, Tuna Dwek, Fábio Herford e André Garolli.

Perdida numa cidadezinha do interior,uma funcionária de uma seguradora por acaso chega a uma descoberta que poderia mudar o rumo da sua vida...ou pelo menos é o que parece.


-“O Sobrevivente” (Brasil, 2019), média-metragem de Silvia Rocha Campos, foi um filme feito inteiro na raça. O diretor de fotografia, Henrique Brasil não tinha nenhuma experiência com cinema, era video maker de casamento. Simplesmente não foi possível encontrar alguém “do meio” que aceitasse filmar sem luz, sem gerador, sem assistente, sem foquista e sem van. Henrique agora está concorrendo na categoria “fotografia” no Festival Pedra Azul, com seu trabalho no filme. A cena da banheira foi filmada por um triz. Não tinha sido prevista a dificuldade de um ator ficar submerso sem respirar e sem soltar bolhas. Quando tudo parecia perdido, Lucas Ronsani (profissional do som) começou a fazer um coaching de apnéia com o Fábio Herford, que conseguiu os segundos de take necessários. O roteiro foi criticado por ser “impossível” se perder com GPS e carro não subir ladeira. Depois de muita pesquisa a diretora encontrou no YouTube um video sobre um casal que se perdia de carro em Paranapiacaba por causa da neblina, que impede a visibilidade e torna as ladeiras muito escorregadias e praticamente impossíveis de subir. As cenas iniciais com o carro que não consegue subir a ladeira são reais.

Fonte: Cine Petra Belas Artes






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