quinta-feira, 5 de março de 2020

100 QUILOS DE ESTRELAS” ESTREIA NESTA QUINTA

Longa francês aborda questões delicadas da adolescência como gordofobia e depressão.


Lois tem 16 anos e um sonho: tornar-se astronauta. Uma questão física a angústia, ela pesa 100 kgs e com ódio de seu próprio corpo decide parar de comer.

Essa atitude extrema desencadeia uma série de complicações de saúde e a fazem ficar internada em uma clínica, onde acaba conhecendo outras três garotas de sua idade e com problemas igualmente graves. Uma forte amizade nasce e, juntas, elas viverão uma jornada de transformação e amadurecimento.
Em seu primeiro longa-metragem, Marie-Sophie Chambon aborda com delicadeza e poesia questões que atravessam a adolescência. Desilusões, tristeza, auto aceitação, amizade e sororidade são elementos que a diretora costura de forma emocionante na trama.

A origem da personagem está presente em dois curtas-metragens anteriores da diretora "a personagem vem da minha própria experiência de infância, pois minha mãe, que era muito sensível à aparência física, obrigava minha irmã a fazer dieta desde muito jovem. Com o tempo, percebi que o corpo acima do peso simboliza em si tudo o que não é permitido que uma mulher seja em nossa sociedade. Supõe-se que as mulheres sejam símbolos do desejo, e sua representação é principalmente concebida através do prisma do olhar masculino. É o reflexo de uma sociedade de consumo em massa. Uma mulher curvilínea, para mim, é uma figura que personifica a rebelião, uma figura política", ela conta.


Lois tem uma péssima relação com sua família e, principalmente, com sua mãe, que também é obesa. Um fator de complicação em sua relação com o corpo. O desejo da personagem é o de escapar de sua realidade, assim como suas amigas que sonham em escapar do sofrimento. Sonhando com essa outra realidade Lois abre uma porta para a fantasia e o lúdico. “Amo o cinema por esse motivo: mesmo quando representa uma dura realidade, é possível introduzir graça através da imaginação dos personagens. Dessa forma, é impossível diferenciar o que é real ou não, pois o cinema nos dá a possibilidade de representar aquilo que nós carregamos, a parte mais profunda de nós mesmos”, a diretora complementa. 

"100 Quilos de Estrelas" vai fundo na questão da inadequação através da representação de quatro meninas que são “um pouco especiais" como elas se definem. Stannah, presa na cadeira de rodas, Amélie, com sua anorexia, são, como Lois, jovens em busca de alívio para o peso do que seus corpos representam. Quanto a Justine, com seus problemas psicológicos, ela também sonha em escapar, a fim de fugir da dureza do mundo.

O longa será co-distribuído pela Espaço Filmes e Vitrine Filmes e tem data de estreia comercial marcada para o dia 5 de março 2020.


Ficha Técnica:
2018 | França | Ficção | 88 min.
Direção: Marie-Sophie CHAMBON, Roteiro: Marie-Sophie CHAMBON, Anaïs CARPITA, Elenco: Laure DUCHÊNE (Louis), Angèle METZGER (Amélie), Pauline SERIEYS (Stannah), Zoé DE TARLÉ (Justine), Isabelle DE HERTOGH (Jocelyne), Philippe REBBOT (Jean-Luc).

Sinopse:
Lois tem 16 anos e um sonho: tornar-se astronauta. Uma questão física a angústia, ela pesa 100 kgs e com ódio de seu próprio corpo decide parar de comer. Essa atitude extrema desencadeia uma série de complicações de saúde e a fazem ficar internada em uma clínica, onde acaba conhecendo outras três garotas de sua idade e com problemas igualmente graves. Uma forte amizade nasce e, juntas, elas viverão uma jornada de transformação e amadurecimento.
Sobre a Espaço Filmes

Desde os anos 80, Adhemar Oliveira coordena projetos de distribuição de filmes, paralelamente à sua atuação como exibidor e programador. Primeiro, com a Filmes do Estação (até o ano de 1998) e depois com a Mais Filmes (em associação com Leon Cakoff).

Em 2011 reativou o selo Espaço Filmes, com Patrícia Durães, com o objetivo de dar vez e garantir tela aos filmes de menor alcance, tanto brasileiros como estrangeiros, e desde então já lançou mais de 80 títulos nos cinemas.

A distribuidora tem como característica trabalhar a programação de seus filmes horizontalmente: busca-se junto aos exibidores a permanência, com a exibição do filme em uma ou duas sessões diárias por mais cine-semanas. Também busca levar os filmes aos cinemas de maneira alternativa, fazendo promoções e sessões especiais dentro de estratégias ousadas.

Dentre os títulos já lançados, destacamos alguns que comprovam sua carteira eclética:

O Homem que Engarrafava Nuvens, de Lírio da Silva Ferreira Neto
Viajo porque preciso, volto porque te amo, de Marcelo Gomes, Karim Ainouz
Cara ou Coroa, de Ugo Giorgetti
O Renascimento do Parto, de Eduardo Chauvet
Elena, de Petra Costa
Tabu, de Miguel Gomes
O Menino e o Mundo, de Alê Abreu
O Homem das Multidões, de Cao Guimarães e Marcelo Gomes
De Menor, de Caru Alves de Souza
Sem Pena, de Eugenio Puppo
Brincante, de Walter Carvalho
Depois da Chuva, de Claudio Marques e Marilia Hughes
Marcas da Água (Watermarks), de Jennifer Baichwal e Edward Burtynsky
Neruda, de Manuel Basolato
Awake, a Vida de Yoganada, de Paola Di Florio
Poesia Sem Fim, de Alejandro Jodorowsky
Gatos, de Ceyda Torun
Algo de Novo, de Cristina Comencini

A Espaço Filmes também busca achar espaço para clássicos em exibições comerciais e não restritas a eventos especiais. Lançou, exclusivamente nos cinemas e em DCP, seis clássicos e cults internacionais, dentre eles Fome de Viver (The Hunger), Os Pássaros (The Birds), Um Corpo Que Cai (Vertigo) e Pequeno Fugitivo Little Fugitive, de Ray Ashley, Morris Engel). 

Fonte: Karina Almeida/ Genco Assessoria em comunicação.

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