"O Cortiço", filme baseado na obra de Aluísio de Azevedo, marco da estética naturalista-realista da literatura brasileira, de Francisco Ramalho Jr. é um dos destaques da semana.
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Filmes da TV Brasil 9 a 17 de julho de 2016
Sábado, 9 de julho
Eles não usam black-tie
22h30, na TV Brasil
Ano: 1981. Gênero: drama. Direção: Leon Hirszman, com Fernanda Montenegro, Gianfrancesco Guarnieri, Carlos Alberto Riccelli, Bete Mendes, Anselmo Vasconcelos, Cristina Rodrigues, Fernando Peixoto, Fernando Bezerra, Francisco Milani, Francisca da Conceição, Fernando Ramos da Silva, Flávio Guarnieri, Gilberto Moura, Gésio Amadeu, Jalusa Barcelos, José Araújo, Lélia Abramo, Lizete Negreiros, Mercedes Dias, Milton Gonçalves, Paulo José, Renato Consorte, Rafael de Carvalho, Tony Wilson, Wilson Silva, Antônio de Pieri, Amaury Pinto, Genezio de Barros, Maurício Amalfi, Nelson Xavier, Oduvaldo Brito, Antônio Joaquim da Silva, Walter da Cruz, Aldo Bueno, Almir Ribeiro, Antônio Leite, Antônio Petrin, Eduardo da Conceição, João Acaiabe, Luís Carlos Borges, Ricardo Dias, Cilas Gregório, Israel Pinheiro, João França, Luís Tedax, Leide Câmara, Maria Julia Gomes, Lene Nunes, Maria Letícia Nascimento, Carlos Costa, Dirce Marques, Rosiete Cavalcanti, Teresa Maldonado, Cachimbo.
O filme “Eles não usam black-tie” debruça-se sobre os conflitos, contradições e anseios da classe trabalhadora no final dos anos 1970, na crise final da ditadura militar. Baseado em peça homônima de Gianfrancesco Guarnieri escrita duas décadas antes, o filme adota uma narrativa realista que situa, em polos antagônicos, a esperança na ação coletiva e a aposta nas saídas individuais, como alternativa de vida para os trabalhadores.
Sucesso de bilheteria nos anos 1980, o longa apresenta a história de um casal de namorados, Tião (Carlos Alberto Riccelli) e Maria (Bete Mendes), que decidem se casar ao saber que vão ter um filho. Eles planejam uma nova vida para poder oferece uma vida boa para a criança que vai nascer.
Neste contexto, um movimento grevista estoura na fábrica onde o casal trabalha em São Paulo e a felicidade deles começa a desmoronar. O movimento divide os operários da fábrica. Pensando no casamento e no bem-estar da família, Tião resolve furar a greve e continuar no trabalho. A decisão desagrada seu pai Otávio (Gianfrancesco Guarnieri), o líder do movimento, um sindicalista que fora preso nos tempos ditadura militar.
Em torno do conflito entre o pai sindicalista, Otávio, e o filho alienado, Tião, constrói-se uma trama comovente que reflete os efeitos da luta pela sobrevivência no seio da família operária.
Ao lado de Fernanda Montenegro, que interpreta a esposa Romana, Guarnieri compôs um dos momentos de maior expressividade do cinema nacional: a cena em que ambos desolados por causa da ruptura com o filho e pela morte do amigo Bráulio (Milton Gonçalves) se põem a catar feijão.
Dirigido por Leon Hirszman, o drama “Eles não usam black-tie” cativou o público e a crítica. O filme brasileiro conquistou vários prêmios, com destaque para o Leão de Ouro no Festival de Veneza de 1981.
No Festival de Havana, a produção oi reconhecida com o Prêmio Grande Coral. O longa ainda conquistou o Prêmio Margarida de Prata no Brasil e o prêmio da Crítica no Festival de Cartagena, na Itália. Já o ator Gianfrancesco Guarnieri ganhou o Troféu APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) na categoria de Melhor Ator.
Reprise. 134 min.
Classificação Indicativa: 14 anos
Horário: 22h30
Sábado, 9 de julho (madrugada de sábado para domingo)
O Segredo da Luz
00h35, na TV Brasil
Título original: El secreto de la luz. País de origem: Equador. Ano de estreia: 2014. Gênero: documentário. Direção: Rafael Barriga.
O documentário revela a história de vida do explorador sueco Rolf Blomberg recorda sua produção: seus livros, filmes, fotografias e ilustrações. Blomberg explorou o Equador como poucos e criou essa obra vasta e emocionante.
Em 1934, ele se debruçou sobre o estudo das Ilhas Galápagos. O explorador regressou muitas vezes ao local para filmar, escrever e fotografar os indígenas, os pescadores, as cidades e a selva. Blomberg chegou aonde muito poucos chegaram.
Este "vagamundo profissional", como dizia a si mesmo, viajou também por muitos outros lugares do mundo, porém o Equador foi o seu centro de operações, seu lar. No país da América Latina ele formou sua família e, apesar de tantos livros e tantos filmes, permaneceu como um desconhecido.
Dirigido por Rafael Barriga, o documentário "O Segredo da Luz" investiga a trajetória do explorador através de sua obra. Montado exclusivamente a partir do enorme legado visual de Blomberg, o longa alcança outros tempos e indaga um olhar que, apesar do passar desses tempos, permanece intacto. A produção revela como a representação de identidade de todo um país pode ser diferente.
Reprise. 52 min.
Classificação Indicativa: 18 anos
Horário: 00h35
Sábado, 9 de julho (madrugada de sábado para domingo)
O Bebê de Tarlatana Rosa
03h35, na TV Brasil
Ano: 2013. Gênero: documentário. Direção: Renato Jevoux, com Camilo Bevilacqua, Diana Behrens, José Steinberg, Rafael Ponzi, Paulo Giargini, Pierre Crapez, Cristiane Ferreira, Zé Wendell.
O prefeito do Rio de Janeiro Heitor de Alencar (Camilo Bevilacqua), um dândi, um bon vivant, guia seus discípulos e admiradores por uma excitante incursão ao submundo dos prazeres e mostra como ser um canalha no carnaval. A sua história acaba por revelar o reverso da luxúria, o horror e a infâmia.
Reprise. 25 min.
Classificação Indicativa: 12 anos
Horário: 03h35
Domingo, 10 de julho (madrugada de domingo para segunda-feira)
Gosto de Cereja
00h00, na TV Brasil
Título original: Ta'm e guilass. País de origem: Irã. Ano: 1997. Gênero: drama. Direção: Abbas Kiarostami, com Homayoun Ershadi, Abdolrahman Bagheri, Afshin Khorshid Bakhtiari.
Sr. Badii é um homem de meia idade amargurado que deseja morrer, mas vive em uma sociedade onde o suicídio é considerado uma abominação. Ele busca conhecer alguém que possa enterrá-lo em buraco e confirmar se ele está mesmo morto.
Dirigindo pelas colinas acima de Teerã, ele conhece diversos personagens: afegãos, curdos, turcos, prisioneiros do deserto, um soldado, um estudante seminarista e o empregado de um museu.
Essas pessoas também vivem mais ou menos à margem da sociedade e recebem a proposta de Badii com reações variadas. Cada um apresenta suas razões para rejeitar a proposta de ajudá-lo nessa atitude: medo, escrúpulos religiosos e repulsa humanista por uma vida deliberadamente desperdiçada.
Vencedor da Palma de Ouro no Festival da Cannes, o drama “Gosto de Cereja” é considerado a obra prima do cineasta iraniano Abbas Kiarostami e um dos filmes mais importantes da década de 1990. A narrativa do road movie estimula a reflexão enquanto o protagonista circula pelas paisagens áridas de Teerã.
Reprise. 98 min.
Classificação Indicativa: 12 anos
Horário: 00h00
Domingo, 10 de julho (madrugada de domingo para segunda-feira)
Paulo Moura: Alma Brasileira
1h45, na TV Brasil
Ano: 2013. Gênero: documentário. Direção: Eduardo Escorel.
O documentário apresenta uma trajetória musical e biográfica do músico Paulo Moura. O compositor e instrumentista está associado à história do choro brasileiro. Para captar a essência da sua obra, o diretor Eduardo Escorel economiza nos depoimentos e lança mão da música e do sentimento - presente, especialmente, na voz da viúva Halina Grynberg.
Trechos “rejeitados” de entrevistas e momentos silenciosos gravados em turnês internacionais ajudam a trazer à tona o lado menos conhecido do artista e formar um retrato mais completo do artista. A produção reúne mais de 40 anos de registros filmados e escritos. O longa apresenta 25 canções do repertório do músico, enquanto o próprio Paulo Moura dá mais detalhes sobre sua história pessoal e no cenário musical brasileiro.
Reprise. 86 min.
Classificação Indicativa: Livre
Horário: 01h45
Terça-feira, 12 de julho
A Rota dos Escravos
23h00, na TV Brasil
Título original: A Rota dos Escravos. País de origem: Angola. Ano: 2008. Gênero: documentário. Direção: Patrick Luvuezo. Produção. TPA.
O documentário angolano apresenta uma perspectiva sobre o comércio de escravos feito pela Coroa Portuguesa, desde o início da evangelização, no Reino do Congo com a chegada de Diogo Cão. A produção revela que depois da abolição do tráfico de escravos, a situação se manteve camuflada até meados do século XX na exploração do trabalho dos “contratados”. Esses africanos forma levados para as roças de São Tomé, Cabo Verde e Guiné.
O filme atesta a ocupação do Congo por Portugal, a chegada dos primeiros missionários e a construção da primeira igreja cristã em 1491. A evangelização abre caminho para subjugar o poder local e dá oportunidade ao comércio de seres humanos.
Os africanos eram aprisionados em guerras feitas por chefes tribais, reis ou sobas africanos para esse fim, e vendidos aos traficantes, principalmente portugueses, mas também de outras nações europeias em troca de armas de fogo, tecidos, espelhos, utensílios de vidro, de ferro, tabaco e aguardente.
O documentário “A Rota dos Escravos” mostra um retrato contundente de um período terrível da história de Angola, Portugal e demais colônias Portuguesas em África.
Inédito. 56 min.
Classificação Indicativa: 18 anos
Horário: 23h00
Quarta-feira, 13 de julho
Vou Rifar Meu Coração
22h00, na TV Brasil
Ano: 2012. Gênero: documentário. Direção: Ana Rieper, com Agnaldo Timóteo, Amado Batista, Lindomar Castilho, Nelson Ned, Odair José, Rodrigo Mell, Walter de Afogados, Wando.
O documentário faz uma viagem ao imaginário romântico, erótico e afetivo brasileiro a partir da obra dos principais nomes da música popular romântica, também conhecida como brega.
Letras de músicas de artistas como Agnaldo Timóteo, Waldik Soriano, Reginaldo Rossi, Nelson Ned, Amado Batista, Peninha, Walter de Afogados e Wando, entre outros, formam verdadeiras crônicas dos dramas da vida a dois.
Em “Vou Rifar meu Moração” os temas destas músicas se relacionam com as histórias da vida amorosa de pessoas comuns, enfrentando o desafio de falar sobre a intimidade de pessoas reais, em situações reais
Além das pessoas que abrem seus corações e contam suas histórias, o filme tem os depoimentos de grandes nomes do gênero romântico como Agnaldo Timóteo, Wando, Amado Batista, Lindomar Castilho, Nelson Ned, Walter de Afogados e de Rodrigo Mell, este último representante da nova geração do brega.
Dirigido por Ana Rieper, o filme “Vou Rifar meu Coração” foi premiado nas categorias Melhor direção e Melhor Montagem no FestiCine Goiânia enquanto no Festival AtlantiDoc conquistou os prêmios de Melhor Direção de Arte em Documentário e Prêmio Especial da Associação de Críticos (FIPRESCI Uruguai).
Reprise. 78 min.
Classificação Indicativa: 12 anos.
Horário: 22h00
Quinta-feira, 14 de julho
De Olaria a Helsinque: a História de um Salto
19h30, na TV Brasil
Ano: 2012. Gênero: documentário. Direção: André Klotzel.
No dia 20 de julho de 1952, nos Jogos Olímpicos de Helsinque, José Telles da Conceição alcançou a marca de 1,98m no salto em altura e conquistou uma inédita medalha de bronze, tornando-se, assim, o primeiro representante do atletismo brasileiro a subir ao pódio. Seu triunfo, porém, foi ofuscado pela conquista do ouro no salto triplo por Adhemar Ferreira da Silva.
Dirigido por André Klotzel, o documentário “De Olaria a Helsinque: a História de um Salto” busca conceder o devido reconhecimento a esse superatleta.
Reprise. 26 min.
Classificação Indicativa: Livre
Horário: 19h30
Quinta-feira, 14 de julho (madrugada de quinta para sexta-feira)
O Soar da Liberdade
02h30, na TV Brasil
Ano: 2005. Título original: Let Freedom Ring. País de origem: Inglaterra. Gênero: documentário. Produção executiva: David Upshal, Colin Cameron.
O documentário “O Soar da Liberdade” mostra que o Boston Tea Party de 16 de dezembro de 1773 encarnou um espírito de rebelião que provocaria uma revolução enquanto o dia da independência da Índia, em 14 de agosto 1947, foi caracterizado pela violência, confrontos entre rivais sikhs, muçulmanos e hindus.
O Boston Tea Party aconteceu quando os habitantes das colônias norte-americanas rebelaram-se contra uma decisão arbitrária da metrópole inglesa, atirando 45 toneladas de chá ao mar no porto de Boston. Naquela época, várias regiões do nordeste da América do Norte ainda eram dominadas pela Inglaterra, que cobrava imposto das colônias sobre produtos como chá, açúcar, vinho, papel e tinta.
Os homens que lançaram o chá ao mar foram imitados em várias outras cidades do país e acabaram ficando conhecidos como os primeiros heróis do movimento pela independência dos Estados Unidos. Após o ocorrido, o governo inglês puniu severamente os habitantes de Boston, fechando o porto da cidade e delegando aos militares o direito de ocupar casas de civis. No entanto, o movimento pela independência não se deixou abater por tais medidas. Três anos depois, 13 colônias fundariam os Estados Unidos da América.
Já o primeiro dia da independência indiana, em 15 de agosto de 1947, iniciou também uma divisão violenta entre o novo Estado indiano e o Paquistão, acarretando a maior e mais sangrenta migração forçosa de que o mundo moderno tem conhecimento. Entre abril e novembro de 1947, uma massa de entre 10 e 15 milhões de pessoas atravessou a fronteira nos dois sentidos: os muçulmanos para o noroeste, em direção ao novo Paquistão, e para o leste, onde está localizado hoje Bangladesh, e os hindus para o sul, rumo à Índia.
Essas migrações em massa desencadearam massacres que deixaram entre 500.000 e um milhão de refugiados mortos, assassinados nas estradas ou nos vagões dos "trens da morte". Os autores eram, de um lado, muçulmanos, e de outro hindus e sikhs, armados de machados, facões e tacos, impulsionados pelo sentimento de cólera pela divisão e perda de territórios, casas e terras.
Reprise. 50 min.
Classificação indicativa: 14 anos
Horário: 02h30
Sábado, 16 de julho
3 P
15h00, na TV Brasil
Ano de estreia: 2013. Gênero: documentário. Direção: Rafael Terpins.
A história do basquetebol olímpico brasileiro rimada em 3 atos musicais por craques da música. Wlamir, Oscar e Varejão em ritmo de rap. 3 MCs rimam em ritmo de rap sobre 3 importantes momentos da história do basquete masculino do Brasil.
Dirigido por Rafel Terpins, o documentário recorda as 3 medalhas de 3º lugar em 3 Olimpíadas. A primazia da cesta de 3 pontos como principal tática do time e as 3 derrotas que impossibilitaram o retorno do time canarinho às Olimpíadas em 3 ocasiões seguidas.
Reprise. 26 min.
Classificação Indicativa: Livre
Horário: 15h00
Sábado, 16 de julho
O Cortiço
22h30, na TV Brasil
Ano: 1977. Gênero: drama. Direção: Francisco Ramalho Jr., com Mário Gomes, Betty Faria, Armando Bogus, Itala Nandi, Maurício do Valle.
No final do século XIX, Rita Baiana (Betty Faria) é uma mulher expansiva e liberal que vive num cortiço no Rio de Janeiro de propriedade do português João Romão (Armando Bogus). Ao se apaixonar por Jerônimo (Mario Gomes), jovem lusitano recém-chegado ao Brasil, ela deflagra um jogo de paixões que acaba em tragédia, às vésperas da abolição dos escravos no Brasil.
Dirigido por Francisco Ramalho Jr., o drama “O Cortiço” é baseado no clássico romance homônimo de Aluísio de Azevedo. No elenco, o filme conta com grandes nomes da dramaturgia nacional como Mário Gomes, Betty Faria, Armando Bogus, Itala Nandi e Maurício do Valle.
Reprise. 110 min.
Classificação Indicativa: 16 anos
Horário: 22h30
Sábado, 16 de julho (madrugada de sábado para domingo)
O voo do Azacuán
00h30, na TV Brasil
Título original: O voo do Azacuán. País de origem: Guatemala. Ano de estreia: 2014. Gênero: documentário. Direção: Rafael de Jesús Quinteros González.
A cada ano, milhões de pássaros migratórios atravessam os platôs da América do Norte para se distanciarem do frio do inverno. Em seu passo migratório atravessam um ponto das montanhas de Huehuetenango, um estado da Guatemala.
Esta região é habitada por uma população maia que tem uma cultura mítica cheia de histórias e crenças ancestrais. Eles praticam o chibal, a arte de caçar pássaros que servem como alimento quando o plantio de trigo e milho estão escassos.
No documentário “O voo do Azacuán”, aves e seres humanos mostram a grandeza contida na busca por prolongar a vida. Um drama no qual o obscuro e o luminoso do ser humano se cruzam com a fragilidade e a nobreza de uma natureza aberta à vida e exposta aos riscos de compartilhar os mesmos espaços com aqueles que podem incidir em seu destino.
Reprise. 52 min.
Classificação Indicativa: 18 anos
Horário: 00h30
Sábado, 16 de julho (madrugada de sábado para domingo)
Partido Alto
03h30, na TV Brasil
Ano: 1976. Gênero: documentário. Direção: Leon Hirszman, com Candeia, Manacéia, Wilson Moreira, Joãozinho da Pecadora, Lincoln, Francisco Santana, Argemiro, Casquinha, Alberto Lonato, Tantinho, Paulinho da Viola, Djanira e Pastoras da Gran Quilombo, Osmar do Cavaco, Seu Armando.
Concebido em estreita colaboração com Paulinho da Viola, o filme “Partido Alto” é um documento histórico e uma bela homenagem à “expressão mais autêntica do samba”, como Candeia define esse gênero musical, marcado por improvisações em estrutura semelhante ao do repente nordestino.
Além de fixar a manifestação de certa pureza musical, a simplicidade e a comunhão da gente do samba, com depoimentos marcantes da velha guarda, a bela produção de Leon Hirszman firma posição contra a crescente padronização do samba, imposta pelo mercado.
Reprise. 22 min.
Classificação Indicativa: Livre
Horário: 03h30
Domingo, 17 de julho (madrugada de domingo para segunda-feira)
Gabbeh
00h00, na TV Brasil
Título original: Gabbeh. País de origem: Irã. Ano: 1996. Gênero: drama. Direção: Mohsen Makhmalbaf, com Hossein Moharami, Shaghayegh Djodat, Abbas Sayahi.
Nas margens de um rio, uma casal de idosos lava um Gabbeh (tapete persa) que parece conversar com eles. Os desenhos deste tapete contam a história de amor de uma jovem cujos pais se recusam a deixá-la se casar com o homem que ama. O rapaz segue a tribo nômade da moça em sua jornada pelos campos, na garupa de um cavalo. No decorrer da trama, as duas narrativas se entrelaçam: a história do casal de idosos e o romance impossível da jovem que deseja viver um amor desmedido.
Repleto de lirismo, o drama “Gabbeh” foi reconhecido no Festival da Catalunha com o prêmio de Melhor Diretor para o renomado cineasta iraniano Mohsen Makhmalbaf. O diretor ainda recebeu o Prêmio da Associação Catalã de Críticos e Roteiristas de Cinema. O filme “Gabbeh” também conquistou o Prêmio Tela de Prata no Festival de Cingapura. Já no Festival de Tóquio, o longa ganhou o Prêmio de Melhor Contribuição Artística.
Reprise. 75 min.
Classificação Indicativa: Livre
Horário: 00h00
Domingo, 17 de julho (madrugada de domingo para segunda-feira)
Cinderelas, lobos e um príncipe encantado
1h15, na TV Brasil
Ano: 2008. Gênero: documentário. Direção: Joel Zito Araújo.
O documentário do cineasta Joel Zito Araújo denuncia que cerca de 900 mil pessoas são traficadas pelas fronteiras internacionais a cada ano exclusivamente para fins de exploração sexual. Crianças vítimas de abusos como a pornografia ou turismo sexual alcançam a marca de 1,8 milhões no mundo.
Apesar de todos os perigos, jovens mulheres brasileiras ao entrar no mundo do turismo sexual acreditam que vão mudar de vida e sonham com o seu príncipe encantado. Uma minoria até consegue encontrar um grande amor e casar.
Em “Cinderelas, lobos e um príncipe encantado”, o diretor Joel Zito Araújo viaja pelo nordeste brasileiro e pela Europa, na Itália e Alemanha, para entender os imaginários sexuais, raciais e de poder das jovens cinderelas do sul e dos lobos do norte.
O cineasta discute o sonho de cinderela de várias mulheres brasileiras que buscam encontrar um marido europeu. Muitas migram e se tornam dançarinas em apresentações de ritmos ligados ao Brasil. Sem estudo ou formação profissional, outras se transformam em prostitutas. Mas, uma minoria consegue criar o seu final feliz.
O documentário “Cinderelas, lobos e um príncipe encantado” conquistou os prêmios de Melhor Filme e Melhor Diretor na votação do público do Festival Iberoamericano de Sergipe (Curta-SE 9). No Festival de Brasília, o longa ganhou Menção Honrosa, mesmo reconhecimento oferecido pelo Júri da Mostra Vidas na Tela de Natal. A produção foi considerada o Melhor Documentário também na votação do público.
Reprise. 108 min.
Classificação Indicativa: Livre
Horário: 01h15
Fonte: Fernando Chaves
Coordenador de Comunicação
Gerência de Comunicação
Empresa Brasil de Comunicação | TV Brasil
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