O thriller de ficção-científica e suspense "Gemini- O planeta sombrio", dirigido pelo diretor russo Seric Beyseu, que estreia dia 02 de fevereiro nos cinemas brasileiros, narra a história de uma missão espacial que tem por objetivo criar condições para que um planeta distante se torne habitável para a humanidade.
Num contexto pós-COVID-19, em que a ameaça de novas pandemias faz parte da nossa realidade, assim como a ocorrência de desastres ambientais, amplamente divulgados pelos noticiários televisivos, não é difícil imaginar o contexto futurista do argumento de "Gemini: o planeta sombrio". O filme apresenta a preocupação da comunidade científica sobre uma catástrofe ambiental mundial a partir do surgimento de um novo vírus, responsável pela devastação de ecossistemas e drásticas alterações climáticas.
Apesar de ser uma coprodução Rússia-Chipre, o longa é todo em inglês. A narrativa é centrada na obsessão do chefe da tripulação, Dr. Steve Ross (Egor Koreshkov) em completar a missão a qualquer custo. O filme abusa dos clichês, fazendo várias referências a produções do gênero, mas talvez as mais fortes sejam as das franquias "Alien" e "O predador". Há um certo esforço em problematizar as relações espaço-tempo e as motivações éticas dos personagens, envolvendo o discurso cientificista, a moral e as questões pessoais, mas os conflitos são trabalhados na superficialidade. Com efeitos especiais razoáveis, o filme possui alguns momentos interessantes, porém não surpreende, assim como a tentativa de realizar um final redentor.
Elisabete Estumano Freire.
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